quinta-feira, 27 de junho de 2013

Juventude Tocantinense se levanta contra o monopólio do transporte coletivo, auxilio moradia para os deputados estaduais, por reforma agrária e urbana entre outras bandeiras!


Por um transporte coletivo público, gratuito e de qualidade já!

*Por Pedro Ferreira


Palmas é uma das capitais brasileira onde há um dos piores serviços de transporte coletivo do Brasil. Transporte que é controlado por apenas um grupo empresarial que presta um péssimo serviço à população tirando lucros exorbitantes. Isso tudo com a conivência dos políticos de plantão que são financiados por esses empresários durante a campanha.

Todos os anos a tarifa aumenta, no entanto a qualidade dos serviços prestados segue na contra mão, isto é, só piora. Ônibus sucateados e superlotados, terminais sem infraestrutura, ausência de linhas na periferia. Além da exploração dos trabalhadores do transporte coletivo que ganham salários baixos e tem que desempenhar mais de uma função.

Nesse sentido o movimento pelo fim do monopólio do transporte coletivo na capital do Tocantins é extremamente importante e deve ser fortalecido por todas as organizações de luta da classe trabalhadora, pois é o povo trabalhador que sofre no dia a dia com um transporte caótico, caro e de péssima qualidade.

Mas não adianta apenas a quebra do monopólio, sobretudo em Palmas, pois seria uma medida que agradaria e beneficiaria outros empresários que entrariam num esquema hoje dominado unicamente por um grupo. Como também esta medida não garantiria a melhoria do sistema do transporte coletivo da capital, ao contrario pode surgir um novo monopólio, de dois, três ou mais grupos.

Dessa forma precisamos avançar na nossa pauta de reivindicações. Não basta apenas a quebra do monopólio do grupo Miracema no Transporte coletivo de Palmas. Queremos um transporte coletivo de fato publico gratuito e de qualidade.

As duas primeiras mobilizações em Palmas levaram para rua mais de 10 mil pessoas, em Araguaína e Gurupi também aconteceram importantes mobilizações.

A população de Gurupi deu o exemplo conseguindo barrar o aumento da passagem do transporte coletivo da cidade, onde a empresa unilateralmente decidira aumentar a tarifa de R$ 2,50 para R$ 2,70. No entanto a luta deve continuar no interior do estado também pela estatização do serviço e por tarifa zero. Serviço Público tem que ser gratuito!

Pelo fim dos privilégios e regalias aos deputados estaduais tocantinenses.

Não ao auxilio moradia!

A juventude que tem tomado às ruas das principais cidades tocantinenses tem também reivindicado o fim do auxilio moradia para os deputados estaduais, aprovado no inicio do ano na assembleia legislativa por unanimidade.

Em um estado onde há um déficit habitacional segundo os dados do governo de 90.604 moradias, tal privilégio é uma imoralidade como também mostra o quanto o parlamento tocantinense esta isolado da realidade em que sobrevivem milhares de trabalhadores no estado.

Já não bastasse um salario de mais de 20 mil mensais, verbas de gabinetes e o 14º e 15º salários que continuam sendo pago na assembleia legislativa do Tocantins. Ainda por cima o deputado José Bonifácio do PR, quer instituir o auxilio saúde.

Além dos deputados estaduais o auxilio moradia também foi ampliado para os conselheiros do TCE e do MPE. Esse absurdo não pode continuar! Fim do auxilio moradia já!

Movimento dos Sem Terra, dos Sem teto, Feministas e LGBTs também reivindicam por seus direitos!

A luta do movimento campesino sem terra tem sido pautada nas mobilizações bem como do movimento dos trabalhadores sem teto. O combate ao latifúndio e ao agronegócio no campo e ao déficit habitacional e especulação imobiliária na cidade é fundamental para derrocada da política hegemônica no Tocantins que privilegia esse setor. Setor este que mantem o Tocantins na miséria.

Por tanto a luta por reforma agrária e urbana deve ser fortalecida com a perspectiva de buscar a emancipação da classe trabalhadora do campo e da cidade.

A luta feminista tem sido bastante forte e significativa em um estado onde impera uma cultura machista forte, existem altos índices de violência contra as mulheres no estado, bem como a ausência do poder público em oferecer estrutura para que as mulheres façam valer os seus direitos. Bem como o movimento LGBTs que tem se somado as mobilizações nacionais pelo Fora Feliciano da Comissão de Direitos Humanos da câmara federal e também dizendo não ao projeto ‘Cura Gay’.

Fortalecer as bandeiras históricas da classe trabalhadora! Pela construção de um bloco das organizações de esquerda nas próximas mobilizações

É tarefa das organizações da classe trabalhadora tocantinense dá um tom contra hegemônico e anticapitalista nas mobilizações populares que vem crescendo a cada dia no estado. Alertando a juventude para que não caia no discurso da direito contra partidos e movimentos sociais.

Nesse sentido precisamos atuar em bloco nas mobilizações para fortalecer nossas bandeiras bem como as posições de quem sempre esteve nas ruas lutando e se sacrificando pelos direitos da classe trabalhadora. Cantando nossas canções e gritando nossas palavras de ordem. E dialogando com os diversos setores do movimento.

Fazendo o contrario que militantes de partidos da direita e mesmo que se diz de esquerda tem feito que se aproveitam com o descontentamento de um amplo setor da juventude com a politica. Jogando todas as organizações políticas em um mesmo saco. Um discurso que despolitiza o debate e que não contribui com a luta histórica dos trabalhadores.

Que as bandeiras vermelhas do movimento sem terra e sem teto, da marcha das vadias e o ato em frente à organização Jaime Câmara, onde os manifestantes gritaram – Oh rede globo o povo não é bobo! Possam se multiplicar nas próximas mobilizações. E que antes do hino nacional gritemos “O povo unido já mais será vencido”! Abaixo o capitalismo! Criar, criar Poder Popular!

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