quarta-feira, 3 de maio de 2017

E a crise governador?

Desde que assumiu o governo do Estado pela terceira vez Marcelo Miranda (PMDB) vem afirmando que o Tocantins passa por uma grande crise econômica. Foi em nome dessa crise que aprovou um ajuste fiscal aumentando impostos sobre a população tocantinense, especialmente o ICMS. Foi em nome dessa crise que realizou uma reforma administrativa acabando com algumas secretarias e fundindo outras, com destaque para secretaria de Cultura. Foi em nome da crise que passou a pagar os servidores quase na metade do mês. E em nome da crise parcelou o pagamento da data-base. A lista não é pequena, portanto paremos por aqui. Vamos ao que interessa, isto é, mostrar aquilo que sempre afirmamos, de que a crise tão propalada pelo governo Marcelo Miranda não passa de um engodo.
Ora se o Estado do Tocantins esta em crise como é que o governador cria novas secretarias de governo onerando assim os cofres públicos? Quer dizer então que acabou a crise? Não, a crise não acabou. E não acabou por que simplesmente nunca existiu. A própria declaração do governo dizendo que os impactos financeiros com a criação dessas novas secretarias será mínimo mostra bem. “... as estruturas dessas pastas já existiam e a maioria dos cargos vai ser apenas realocado”. Ora, portanto na prática quer dizer que a então reforma administrativa de 2016 foi apenas para criar uma cortina de fumaça para que o governo Marcelo Miranda aumentasse impostos e deixasse de pagar corretamente os direitos dos servidores estaduais? Enquanto discursava para população de que estava cortando na própria carne, na verdade estava apenas maquiando a realidade.
Por outro lado a declaração de que os impactos financeiros nos cofres do Estado serão mínimos tem uma contradição, pois ao mesmo tempo que afirma que irá aproveitar uma estrutura já existente que havia sido apenas realocada, também afirma que criará cargos de secretário, subsecretários e algumas gerencias. Ora são justamente os cargos que tem os maiores impactos na folha de pagamento, já que estes servidores ganharam salários bem superiores aos demais. Deve ter sido por isso que ao mesmo tempo em que criou as novas secretarias anunciou um corte no orçamento na casa dos 63 milhões. Pois afinal das contas, alguém tem que pagar a conta com a criação dessas novas secretarias e esses novos cargos comissionados.
Diante de tudo isso uma coisa esta clara, não existe crise, a crise é uma falácia do governo para tirar direitos dos trabalhadores. Outra questão é que não podemos ficar calados, devemos denunciar amplamente – a recriação da Secretaria de Articulação Politica, da Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano. E a criação da Secretaria Extraordinária de Assuntos Comunitários – onde nomeou um ex-deputado para o cargo. Atende a um único proposito – comprar apoio político para as próximas eleições ao governo do Estado – na qual Marcelo Miranda pretende concorrer à reeleição.

Pedro Ferreira Nunes – Educador Popular e Militante do Coletivo José Porfírio.

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