Desde
que assumiu o governo do Estado pela terceira vez Marcelo Miranda
(PMDB) vem afirmando que o Tocantins passa por uma grande crise
econômica. Foi em nome dessa crise que aprovou um ajuste fiscal
aumentando impostos sobre a população tocantinense, especialmente o
ICMS. Foi em nome dessa crise que realizou uma reforma administrativa
acabando com algumas secretarias e fundindo outras, com destaque para
secretaria de Cultura. Foi em nome da crise que passou a pagar os
servidores quase na metade do mês. E em nome da crise parcelou o
pagamento da data-base. A lista não é pequena, portanto paremos por
aqui. Vamos ao que interessa, isto é, mostrar aquilo que sempre
afirmamos, de que a crise tão propalada pelo governo Marcelo Miranda
não passa de um engodo.
Ora
se o Estado do Tocantins esta em crise como é que o governador cria
novas secretarias de governo onerando assim os cofres públicos? Quer
dizer então que acabou a crise? Não, a crise não acabou. E não
acabou por que simplesmente nunca existiu. A própria declaração do
governo dizendo que os impactos financeiros com a criação dessas
novas secretarias será mínimo mostra bem. “... as estruturas
dessas pastas já existiam e a maioria dos cargos vai ser apenas
realocado”. Ora, portanto na prática quer dizer que a então
reforma administrativa de 2016 foi apenas para criar uma cortina de
fumaça para que o governo Marcelo Miranda aumentasse impostos e
deixasse de pagar corretamente os direitos dos servidores estaduais?
Enquanto discursava para população de que estava cortando na
própria carne, na verdade estava apenas maquiando a realidade.
Por
outro lado a declaração de que os impactos financeiros nos cofres
do Estado serão mínimos tem uma contradição, pois ao mesmo tempo
que afirma que irá aproveitar uma estrutura já existente que havia
sido apenas realocada, também afirma que criará cargos de
secretário, subsecretários e algumas gerencias. Ora são justamente
os cargos que tem os maiores impactos na folha de pagamento, já que
estes servidores ganharam salários bem superiores aos demais. Deve
ter sido por isso que ao mesmo tempo em que criou as novas
secretarias anunciou um corte no orçamento na casa dos 63 milhões.
Pois afinal das contas, alguém tem que pagar a conta com a criação
dessas novas secretarias e esses novos cargos comissionados.
Diante
de tudo isso uma coisa esta clara, não existe crise, a crise é uma
falácia do governo para tirar direitos dos trabalhadores. Outra
questão é que não podemos ficar calados, devemos denunciar
amplamente – a recriação da Secretaria de Articulação Politica,
da Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano. E a criação
da Secretaria Extraordinária de Assuntos Comunitários – onde
nomeou um ex-deputado para o cargo. Atende a um único proposito –
comprar apoio político para as próximas eleições ao governo do
Estado – na qual Marcelo Miranda pretende concorrer à reeleição.
Pedro
Ferreira Nunes – Educador Popular e Militante do Coletivo José
Porfírio.
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