A memória e a identidade são
patrimônios fundamentais de um povo. Ambas são frutos tanto da coletividade
como também da nossa individualidade. Logo não podemos negar a influência da
sociedade tanto na construção da nossa identidade como da nossa memória – mesmo
quando fazemos isso a partir de um olhar particular. É o que veremos a seguir
nesse trabalho que busca resgatar a história de um patrimônio perdido em nome do
“progresso” – o mercado municipal de Miracema do Tocantins – que depois de mais
de 50 anos servindo a população miracemense e das cidades circunvizinhas como o
principal centro comercial da região, mas, sobretudo como ponto de encontro das
diversas culturas que construíram o município de Miracema, foi destruído para
construção de um mini shopping.
Diante de um contexto do avanço de um modelo de desenvolvimento baseado na destruição do patrimônio histórico, cultural e ambiental Tocantinense estudos como esse são fundamentais para resgatar o que vem sendo destruído em nome do progresso. Mas que progresso é esse que para existir precisa destruir as nossas motrizes culturais? É a ordem capitalista que avança interior adentro. E que em busca de lucros exorbitantes não pensa duas vezes em destruir o patrimônio local.
Diante de um contexto do avanço de um modelo de desenvolvimento baseado na destruição do patrimônio histórico, cultural e ambiental Tocantinense estudos como esse são fundamentais para resgatar o que vem sendo destruído em nome do progresso. Mas que progresso é esse que para existir precisa destruir as nossas motrizes culturais? É a ordem capitalista que avança interior adentro. E que em busca de lucros exorbitantes não pensa duas vezes em destruir o patrimônio local.
Assim esse trabalho se constitui,
sobretudo, numa arma de resistência – contra esse modelo nefasto que nos é
enfiado goela abaixo como a única alternativa de desenvolvimento. Resgatar a
memória do mercadão de Miracema e todo o seu significado para construção da
identidade do povo miracemense é recuperar mesmo que nas nossas memórias esse
patrimônio que se perdeu – quando fora destruído para construção de um mini
shopping. Tal trabalho foi realizado a partir de relatos orais e entrevista com
pessoas que cresceram nos corredores do mercadão comercializando e comprando
mercadorias para sua subsistência, das nossas memórias pessoais e de uma
pesquisa bibliográfica – na qual tivemos bastante dificuldade para encontrar
material devido à escassez de registro histórico sobre a cidade de Miracema e
particularmente do mercadão.Logo esse trabalho ganha mais importância ainda no
sentido de dá as futuras gerações miracemense algum estudo a cerca de um
patrimônio histórico e cultural da cidade de Miracema que foi destruído, mas
que sobreviverá na nossa memória.
O Mercado Municipal de Miracema não era
apenas um espaço de comércio, de importância econômica. Mas era, sobretudo, um
lugar de relevância social – onde se reuniam as motrizes culturais que
construíram e constrói a cidade, isto é: Os índios Xerente – primeiros
habitantes do local, os povos ribeirinhos, os camponeses e aqueles que vieram
de outras regiões – os viajantes.
Quando derrubaram o mercadão para construir sobre a sua estrutura um shopping – o poder público local pretendia mostrar que Miracema estava se modernizando – e tal processo de modernização passava pela destruição do velho e construção do novo. Mas tal processo de modernização não pegou – não pegou por que não se muda a identidade de um povo e de um lugar do dia para noite, pela vontade de um único individuo ou de um pequeno grupo. E se ao construírem um shopping achavam que estavam apagando da memória do povo de Miracema parte da sua história – o tiro saiu pela culatra.
Quando derrubaram o mercadão para construir sobre a sua estrutura um shopping – o poder público local pretendia mostrar que Miracema estava se modernizando – e tal processo de modernização passava pela destruição do velho e construção do novo. Mas tal processo de modernização não pegou – não pegou por que não se muda a identidade de um povo e de um lugar do dia para noite, pela vontade de um único individuo ou de um pequeno grupo. E se ao construírem um shopping achavam que estavam apagando da memória do povo de Miracema parte da sua história – o tiro saiu pela culatra.
O Mercado Municipal de Miracema foi
um patrimônio histórico e cultural de Miracema perdido como reflexo de um
modelo de desenvolvimento que para subsistir precisa destruir – destruir nossas
raízes, a nossa cultura, a nossa memória, a nossa identidade. Logo é preciso
que a população se conscientize e se mobilize para rechaçar esse modelo de
desenvolvimento que não serve aos interesses do povo, mas sim de uma pequena
elite.
Para ver o artigo completo acesse o os links: https://drive.google.com/drive/my-drive
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