domingo, 15 de julho de 2012

Poema para o Camarada Che Guevara


Ao Camarada Enesto Guevara
"...A divisão da america em nacionalidades incertas e ilusórias, é completamente fictícia. Constituimos uma só raça mestiça, des do México até o Estreito de Magalhães. Assim tentando me livrar de  qualquer carga de provincialismo, brindo por Peru e por uma america unida." (Ernesto 'Che' Guevara)

Soul Latino Americano

Soul Tocantinense, brasileiro, cubano,
Soul latino americano!

Soul paraguaio, chileno, boliviano,
Soul latino americano!

Soul hondurenho, guatemalteco, venezuelano,
Soul latino americano!

Soul argentino, nicaraguense, colombiano,
Soul latino americano!

Soul do Uruguai, panamenho, peruano,
Soul latino americano!

Soul costa riquenho, de El Salvador, equatoriano,
Soul latino americano!

Soul Dominicano, Haiti, mexicano,
Soul latino americano!

Pedro Ferreira - Poeta e militante socialista.


(*Soul = Alma/Espirito)

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Manifesto em solidariedade a Classe Trabalhadora Paraguaia

 Um chamado a luta armada, um chamado a revolução

"Não há fronteiras nesta luta de morte, nem vamos permanecer indiferentes perante o que aconteça em qualquer parte do mundo. A vitória nossa ou a derrota de qualquer nação do mundo, é a derrota de todos.” (Che Guevara)

*Por Pedro Ferreira

Vemos mais uma vez como funciona a gloriosa democracia burguesa no nosso continente (tão festejada entre os políticos e os meios de comunicação), a mesma só funciona até o momento que não seja contrariado os interesses das classes dominantes.

O recente golpe contra o governo “democraticamente” eleito do Paraguai Fernando Lugo não é uma exceção, recordamos do golpe em Honduras em 2009, na Venezuela em 2002 assim como a tentativa de golpe no Equador em 2010 e na Bolívia recentemente. Países que tem a frente governos que ora e outra implementa políticas que contraria os interesses da burguesia.

Vários analistas e políticos têm dito que essas ações tem posto a democracia em risco no continente, no entanto questionamos, que democracia? A gloriosa democracia burguesa que dá ao povo o papel de votar sem a mínima garantia que o seu voto será respeitado se o governo de plantão não atender aos interesses da classe dominante? Ou pior que não dá nenhum mecanismo ao povo de tirar os governantes que o traem?

A série de golpes que temos visto no continente nos mostra a farsa do discurso burguês de que na atual democracia qualquer um pode chegar ao poder e governar, chegar ao poder pode até ser, mas governar dês de que não contrarie os interesses burgueses.

 Ora, essa democracia não nos serve, portanto não devemos ter nenhum tipo de compromisso com a defesa dessa democracia, mais sim lutarmos pela construção de uma democracia camponesa e operaria, e essa não será possível por meio das urnas (dentro do processo burguês).

Nesse sentido faço um chamado às organizações de luta da classe trabalhadora de todo o continente, em especial os camaradas Paraguaios a resistir a essa ação criminosa da burguesia ocupando ruas e praças e colocar em cheque esse governo golpista, mas não façamos isso pela volta do Fernando Lugo e sim pela construção de uma democracia camponesa e operaria.

Não vacilemos em ter que pegar em armas, contra essa burguesia golpista e entreguista não temos que esperar a diplomacia da embromação. Façamos das ruas e praças paraguaias um exemplo para o resto do continente (tal como foi Cuba outrora). Armemos o povo, fuzilemos a burguesia, façamos a revolução. Se esse grito chegar a alguns ouvidos receptivos, eis aqui um soldado da classe trabalhadora latino-americana disposta a derramar seu sangue.

*Pedro Ferreira – Educador Popular e militante do Bloco de Resistência Socialista. 

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Poema para o camarada José Porfirio















Zé Porfírio

Sumiram com o teu corpo,
Com teu espírito já mais,
Em cada ocupação de terra,
Lá vós estais.

Em cada barraca de lona,
Nas margens das rodovias,
Lá esta o seu espírito,
Na dura labuta do dia.

Nas longas marchas que fazemos,
Lutando por um pedaço de chão,
Seguimos o teu exemplo,
Sem nenhuma vacilação.

Assim como tu,
Muitos continuam caindo,
Mais com o teu exemplo,
Continuaremos seguindo.

Sob sangue, suor e lagrima,
 Segue a luta camponesa,
Gritando por reforma agrária,
Assim como tu fizeste com imensa grandeza.

Sumiram com o teu corpo,
Não com o teu espírito,
Ah companheiro,
Esse sempre continuará vivo.

*Pedro Ferreira - Poeta e militante socialista.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Em meu nome não! Fora Marconi! Fora todos os corruptos!


*Por Pedro Ferreira

As denuncias aumentam e a cada dia percebemos a quem o governo do Estado de Goiás tem servido, e podemos garantir que não é ao povo goiano. As investigações em andamento tanto a nível nacional como regional mostra o circo que é a política parlamentar brasileira. De um lado elogios e afagos a vossa excelência que diz falar em nome de milhares de goiano (isso mostra que ele não tem andado muito no meio do povo), de outro lado criticas tímidas daqueles que não são tão diferentes da vossa excelência, mais quando é um deles que estão lá, os elogios e afagos mudam de lado, assim como as criticas. E no país do carnaval que como sempre tudo acaba em pizza já podemos sentir o cheiro e o gosto da mesma. 

A depender das Comissões Parlamentar de Inquérito (CPI) em andamento tanto no congresso nacional como na assembléia legislativa de Goiás a máfia instalada do governo de Goiás pode dormir tranqüila, assim também como no governo do DF e no Rio de Janeiro.

Por tanto não há saída? Devemos fazer coro com a maioria da população de que nada adianta fazer? De que de fato tudo acabará em pizza como tantos outros casos envolvendo políticos corruptos? Ou devemos fazer como milhares de jovens goianos que têm pitado a cara e tomado as ruas gritando pelo fora Marconi. De forma espontaneista, desorganizados, achando que derrubaram um governo apenas no grito?

As conquistas da classe trabalhadora ao longo da historia se deram quando o povo de forma organizada lutou pelos seus direitos, tomando as ruas e pressionando o Estado. Esperar que quem esta no parlamento fará as mudanças que queremos não é a saída. Como também não é a saída cair no pragmatismo que não adianta se mover por que nada irá acontecer. Por outro lado ir pras ruas de forma desorganizada e espontaneista pouco contribui, apesar de ser um avanço ter alguém se movendo minimamente, sobretudo em uma conjuntura em que poucos se movem.

No entanto é preciso potencializarmos de forma organizada e planejada (sem aparelhismo ou oportunismo) as ações de ruas mobilizando o maior numero de gente possível, transformando as mobilizações pelo Fora Marconi numa mobilização da classe trabalhadora goiana. Sem deixar de pressionar os senhores parlamentares e o judiciário para que todos os corruptos sejam punidos, já que ás mudanças infelizmente na atual conjuntura não aconteceram fora da ordem estabelecida.

*Pedro Ferreira - Educador Popular e Militante do Bloco de Resistência Socialista.

“Tempos de dizer:
Não mais em nosso nome!
Se não pode se vestir com nossos sonhos
Não fale em nosso nome.” (Mauro Iasi)

sexta-feira, 1 de junho de 2012

“Quem sabe um dia eu faça uma canção de amor para você”


Que fale dos momentos bons que vivemos.
 Dos planos que fizemos.
 Do quanto fomos felizes.
Que fale do quanto ti amei, 
Do sonho que realizei em ti ter ao meu lado.
Que fale das noites onde nos amamos ao brilho do luar.
Dos planos de um dia nos casar e o mundo viajar.
Que fale dos filhos que não tivemos. 
Que muito planejamos mais não pode se realizar.
Das tuas lindas tatuagens, nossas loucas viagens sem sair do lugar.
Quem sabe um dia eu faça uma canção de amor para você!

*Pedro Ferreira Nunes

terça-feira, 15 de maio de 2012

'Organizar para desorganizar' - Uma reflexão sobre a necessidade de organização da juventude.


*Por Pedro Ferreira
Hoje existe uma presença muito forte de jovens dentro dos movimentos populares, principalmente nos movimentos de sem-terras. Porém, com uma precariedade muito grande de organização. Por um lado, as direções desses movimentos focam a luta muito em cima das questões imediatas dos trabalhadores sem-terras e acabam se esquecendo de incentivar a formação de novos quadros dirigentes e militantes da revolução agrária no Brasil. E quando o fazem tratam como uma questão secundaria.  
No entanto, por outro lado, o interesse de se organizar e formar deve partir do próprio grupo de jovens. Mas a coordenação do movimento deve incentivar e criar condições objetivas e subjetivas para que tal iniciativa se concretize. Jamais a coordenação deve cometer o erro de querer submeter os jovens, mas sim dar condições para que eles se organizem e atuem com autonomia.
Para Che Guevara o problema com as organizações juvenis é que geralmente elas acabam tendo um caráter mecanicista, isto é, elas acabam reproduzindo a mesma política e as mesmas ações das direções da organização. Praticas que, muitas vezes, são viciadas e ultrapassadas, que mais produzem recuo do que avanços. Impedindo, assim, segundo Che, que a juventude se torne a verdadeira vanguarda. 
É necessário que em um dado momento a juventude se organize e se torne dirigente, é necessário que tenha as suas próprias características, que cometa os seus próprios erros e acertos: 
“a insistência que continuamente, lhe é feito, é para que não deixem de ser jovens, não se transformem em velhos teóricos ou teorizantes, conservem a frescura da juventude, o entusiasmo da juventude.” (Che Guevara, 1964).
A juventude deve ser contestadora, subversiva, não pode aceitar a proibição, não pode se submeter à ordem. No movimento a juventude deve se tornar e desempenhar o papel de vanguarda, não se distanciando dos outros companheiros e formando uma cúpula. Mas deve funcionar como um motor propulsor de todo o movimento. 
Para chegar à condição de motor propulsor a juventude deve transformar a si mesma, ser uma organização autêntica, que vai liquidando todas as rebarbas da velha sociedade morta e avançando rumo uma sociedade justa e igualitária. 
“Se todos são capazes de unir a capacidade para transformar-se internamente, dedicando-se aos estudos... E acostumando-se a fazer do trabalho produtivo, pouco a pouco, algo que dignifica tanto, que se converte de momento e por meio do tempo, em uma necessidade, então será automaticamente vanguarda, dirigentes da juventude, e nunca terão que pleitear o que fazer. Farão simplesmente o que, em um dado momento, lhe pareça ser lógico. Não terão que buscar aquilo que agrada a juventude. Os senhores serão autenticamente a juventude e a representação do mais avançado da juventude.” (Che Guevara, 1964). 
Para Che Guevara uma das tarefas da juventude é impulsionar e dirigir com o exemplo, a produção do homem de amanhã e com essa produção, e nessa direção está incluso a nossa própria produção, pois para Che nós não somos perfeitos. É através de nossa militância cotidiana e as nossas relações humanas, o estudo profundo, a discussão critica tudo isso é o que vai transformando o povo.   No movimento a juventude, ao se organizar, deve ter claro quais são as tarefas colocadas e, principalmente, deve ter claro qual será a sua tarefa fundamental. E então agir.  
Para Plínio de arruda Sampaio os jovens de hoje nasceram em um período difícil, porém para ele a grande adversidade dessa conjuntura, é o fato de que o povo não acredita mais ser possível mudar, e assim nós reduzimos nossas ilusões.   “Vocês não podem reduzir as suas ilusões, não podem aceitar o discurso proibido... É proibido falar em alternativa, é proibido falar em socialismo, é proibido falar em mudanças, é proibido falar em direito, é proibido... (Plínio de Arruda Sampaio, 2010). 
Para superar o modelo de sociedade em que vivemos, e fortalecer as lutas cotidianas dos trabalhadores assim como suas organizações, é de primordial importância a participação da juventude, não como massa de manobra, mas com o papel de vanguarda, como um motor propulsor.
Ser jovem é muito mais que uma questão de idade, ser jovem é uma questão de espírito, de atitude, como bem coloca Che Guevara:
“Não tenha nunca o medo, os que são jovens, jovens de espírito sobre tudo, de preocupar-se com o que tem que fazer para agradar. Simplesmente faça o que é necessário, o que lhe pareça lógico em um dado momento. Assim a juventude será dirigente.”


- Texto escrito e trabalhado em processos de formação e organização da juventude camponesa em Goiás.
*Bacharel em Serviço Social, Educador Popular e Militante do Bloco de Resistência Socialista.