*Por
Pedro Ferreira
Kátia
Abreu foi eleita em 2006, senadora pelo estado do Tocantins, por tanto com a
missão de defender no congresso nacional os interesses do povo tocantinense que
a elegeu. No entanto quando olhamos para sua atuação no parlamento vemos que
não é bem esse papel que a mesma vem desempenhando.
Quem
deveria representar a gloriosa federação do Tocantins no senado federal na
verdade esta a serviço dos latifundiários e das grandes agroindústrias (Que
diga de passagem foi quem financiaram sua campanha). Ao defender os
latifundiários e o agronegócio Kátia Abreu esta defendendo seus próprios
interesses, já que a mesma é uma grande latifundiária. Mais não deveria no
mínimo a senadora eleita pelo povo do Tocantins defender no senado os
interesses e anseios do povo Tocantinense sem distinções?
Assim
que eleita senadora, Kátia Abreu também foi eleita presidente da Confederação
Nacional da Agricultura (CNA), entidade máxima de defesa dos interesses dos
latifundiários e das grandes agroindústrias. Sendo que a atuação da nobre
senadora no parlamento tem sido pautada pela defesa dos interesses do
agronegócio e não do povo tocantinense.
Kátia
Abreu é conhecida nacionalmente como uma das principais figuras do agronegócio
no Brasil, a heroína da direita reacionária, responsável no congresso nacional
por articular uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) com o objetivo
de criminalizar os movimentos de luta pela terra e barrar a alteração dos
índices de produtividade. Defende que pobre deve comer comida contaminada com
agrotóxico mesmo, pois o custo para sua produção e comercialização é mais
barato, não importando se isso afetará ou não a saúde das pessoas (Veja o
documentário “O Veneno esta na mesa de Silvio Tendler).
Foi
também voz ativa contra a campanha do limite da propriedade, articulou uma
pesquisa para tentar desqualificar os assentamentos de famílias sem terra,
também para tentar encobrir os resultados do censo agropecuário divulgado em
2006 que mostra que a concentração de terra aumentou no país.
A
pesquisa feita em poucos assentamentos escolhidos a dedo pela CNA ganhou mais
espaço na mídia do que o censo agropecuário realizado pelo IBGE.
Kátia
Abreu também tem sido voz ativa e articuladora no congresso nacional e junto ao
governo federal pela aprovação do criminoso código florestal, que anistia os
desmatadores e outros acusados de crimes ambientais, assim como da carta branca
para continua agressões ao meio ambiente.
Kátia
Abreu infelizmente não é uma exceção, a maioria dos políticos eleitos com o
compromisso e o dever de representar o povo, na verdade defende os interesses
daqueles que financiaram sua campanha política. Como bem diz Chico Alencar
(PSOL) – “Diga-me que ti financias, que eu ti digo a quem defendes”.
Enquanto
as campanhas políticas continuarem a ser financiadas com dinheiro de empresas
privadas, os interesses públicos serão deixados de lado em favor dos privados,
por tanto é de primordial importância defender uma reforma do sistema político
que entre outras medidas determine o financiamento exclusivamente público das
campanhas eleitorais.
Mais
também é de primordial importância que mesmo nos limites da democracia
burguesa, possamos eleger candidatos que tem compromisso com as lutas
históricas da classe trabalhadora, que não aceitam financiamento de Multinacionais,
Agroindústrias, empreiteiras entre outros. E que no congresso nacional, Câmaras
municipais, assembléias legislativas entre outros defendam os interesses e
direitos do povo e não interesses privados.
*Pedro Ferreira – Bacharel em Serviço
Social e militante do Bloco de Resistência Socialista.
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