Por Pedro Ferreira Nunes
Era por volta das três da
madrugada. Danilo estava acordado, Daniel seu companheiro dormia profundamente.
De repente Danilo houve passos de alguém se aproximando, seu coração acelera –
seria quem eles estavam esperando há tanto tempo?
- Daniel, Daniel. Acorda, tem
alguém vindo ai.
Daniel acorda assustado e mais
assustado ainda fica quando imagina o que está próximo a acontecer.
- Será que é ele?
- Não sei, se prepara.
- Sim é ele, é ele. É o
Valdão.
Os passos se aproximam, era
alta madrugada, mas era noite de lua bonita, estava tudo claro. Era impossível
de não reconhecer a figura do Valdão – o nome falava por si só. Era um sujeito
grande, maior ainda era a sua fama de valentão. No entanto os irmãos Danilo e
Daniel estavam conscientes do que queriam fazer.
Valdão estava se aproximando
do lugar onde os dois irmãos estavam amoitados, cada passo do valentão fazia o
coração dos dois acelerarem mais ainda.
- É agora, vamos lá.
Valdão segue tranquilamente
rumo ao rio. Seu parceiro de pesca já o esta esperando desde as duas horas, mas
como sempre antes de ir para o seu compromisso Valdão passou na casa de uma das
suas três amantes. Essa era a sua rotina. Ali naquela pequena cidade Valdão não
tinha apenas a fama de valente, mas também de galã. Tinha três mulheres, as
três ele havia tomado de outros, que não ousaram enfrentar Valdão por tamanha
ousadia.
De repente ao passar por trás
de uma moita de capim sente um golpe forte na cabeça por trás. Sem reação o
valentão cai no chão. Daniel e Danilo não perdem tempo e o furam todo com
peixeiras, em poucos minutos Valdão esta morto, sem que se quer ousasse alguma
reação e muito menos conseguira ver o rosto de seus algozes. Foi tudo muito
rápido.
Danilo e Daniel tremiam por
dentro, seus corações continuavam acelerados. Eles haviam acabado de cometer um
crime, imaginavam como haviam sido capazes de fazer aquilo. Mas o fato é que
haviam.
Os dois irmãos pegaram o
Valentão jogaram em uma canoa, remaram até o meio do rio, chegando lá amarrou
uma pedra no pescoço desse e o jogou dentro do rio.
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