quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Conto: Emboscada

Por Pedro Ferreira Nunes

Era por volta das três da madrugada. Danilo estava acordado, Daniel seu companheiro dormia profundamente. De repente Danilo houve passos de alguém se aproximando, seu coração acelera – seria quem eles estavam esperando há tanto tempo?

- Daniel, Daniel. Acorda, tem alguém vindo ai.

Daniel acorda assustado e mais assustado ainda fica quando imagina o que está próximo a acontecer.

- Será que é ele?

- Não sei, se prepara.

- Sim é ele, é ele. É o Valdão.

Os passos se aproximam, era alta madrugada, mas era noite de lua bonita, estava tudo claro. Era impossível de não reconhecer a figura do Valdão – o nome falava por si só. Era um sujeito grande, maior ainda era a sua fama de valentão. No entanto os irmãos Danilo e Daniel estavam conscientes do que queriam fazer.

Valdão estava se aproximando do lugar onde os dois irmãos estavam amoitados, cada passo do valentão fazia o coração dos dois acelerarem mais ainda.

- É agora, vamos lá.

Valdão segue tranquilamente rumo ao rio. Seu parceiro de pesca já o esta esperando desde as duas horas, mas como sempre antes de ir para o seu compromisso Valdão passou na casa de uma das suas três amantes. Essa era a sua rotina. Ali naquela pequena cidade Valdão não tinha apenas a fama de valente, mas também de galã. Tinha três mulheres, as três ele havia tomado de outros, que não ousaram enfrentar Valdão por tamanha ousadia.

De repente ao passar por trás de uma moita de capim sente um golpe forte na cabeça por trás. Sem reação o valentão cai no chão. Daniel e Danilo não perdem tempo e o furam todo com peixeiras, em poucos minutos Valdão esta morto, sem que se quer ousasse alguma reação e muito menos conseguira ver o rosto de seus algozes. Foi tudo muito rápido.

Danilo e Daniel tremiam por dentro, seus corações continuavam acelerados. Eles haviam acabado de cometer um crime, imaginavam como haviam sido capazes de fazer aquilo. Mas o fato é que haviam.


Os dois irmãos pegaram o Valentão jogaram em uma canoa, remaram até o meio do rio, chegando lá amarrou uma pedra no pescoço desse e o jogou dentro do rio.

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