Minhas Paixões
Ouvir Belchior,
tomar uma cerveja gelada.
Fumar um gostoso palheiro,
andar nas ruas de madrugada.
Falar de política,
luta de classes.
Revolução socialista,
e luta armada.
Ler um bom livro
fazer uma tatto.
Ver o meu tricolor,
ganhando de virada.
Está com minha amada,
com minha terna flor.
Adormecida em meus braços,
após uma noite de amor.
.
*Pedro Ferreira
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
Até amanhã, camaradas.
"Para que serve o Partido? Qual a sua missão? Cumpre-a ou não a cumpre? O Partido não é um fim em si. Se as organizações existem e desconhecem os problemas vivo dos trabalhadores, se estão afastadas das massas, se não as esclarecem e orientam, se não sabem organizar e conduzir à luta, para que serve de fato? Pouco vale esta tudo muito arrumadinho, tudo muito nos seus lugares, tudo correspondendo ao esquema indicado, se essas organizações e esses camaradas vivem voltados com os olhos para dentro, fechando o Partido em si próprio. Não, não é para isso que serve o Partido. "
(Do Romance Até Amanhã, camaradas de Manuel Tiago)
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Na Assis Chateaubriand - Dona Maria!
*Por
Pedro Ferreira
Dona Maria se arrasta por entre
os carros, oferecendo panos de prato para comprar o pão de cada dia em baixo do
sol escaldante de Goiânia. Lá esta ela todos os dias, faça
sol ou chuva. A idade avançada e um problema na perna fazem com que ela não se
locomova rapidamente, assim quando o sinal fecha, ela se arrasta por entre os
carros que na sua maioria nem o vidro abaixa! Dona Maria por sua vez nada diz,
apenas estende o braço.
O seu olhar é como se pedisse
desculpa por existir, por está ali, por ter que se sujeitar aquele papel. O seu
olhar trás uma tristeza profunda que os motoristas que passam rapidamente por
aquela via em um dos setores mais nobres de nossa capital, fazem questão de
ignorar. Nos seus carros do ano, com o vidro fechado, segue suas vidas.
Dona Maria segue a sua vida também,
provavelmente até o momento que sua saúde não permitir mais, morrerá quem sabe em
uma fila de espera do SUS, sem atendimento. Aqueles que passam todos os dias
a ignorando nos seus carros do ano, provavelmente não sentiram falta, até por
que outras tantas Marias apareceram nos seus caminhos pedindo desculpa por
existir e uma ajuda para sobreviver.
Já eu não posso deixar de não
notá-la e me indignar todos os dias quando passo de ônibus indo para o trabalho
e vê-la no seu martírio, vendo o seu olhar, o seu olhar tão triste. Quando não
há vejo fico imaginando o que aconteceu, se haverei de novo. Doe muito vê-la e
outras tantas Marias. Não posso fazer muita coisa, concretamente para mudar a
realidade delas cause nada.
No entanto procuro transformar a
indignação de ver essa realidade em força para continuar lutando pela
transformação dessa sociedade. Assim dona Maria, não lhe prometo um futuro sem
opressão, sem injustiças, sem exploração. Mas lhe prometo nunca deixar de
lutar, de dedicar e sacrificar até a minha ultima gota de sangue a luta pela
construção de uma nova sociedade - Uma sociedade solidaria, a sociedade socialista!
*Pedro
Ferreira – Educador Popular e marxista revolucionário.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Para Oscar Niemeyer
E se vai mais um
comunista.
Oscar Niemeyer |
Daqueles imprescindíveis,
Como diria Brecht.
Todos lamentam,
Mesmo aqueles que
não concordam com suas idéias.
E assim se vai mais um comunista,
Exemplo de coerência,
de vontade de viver.
A classe trabalhadora,
não deve lamentar,
Não devemos chorar.
E a nossa maior homenagem a Niemeyer,
É cantar neste triste dia,
A Internacional comunista!
*Pedro Ferreira
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Reforma Agrária quando...? Ou radicalizamos a luta por uma reforma agrária de fato ou abandonamos de vez essa bandeira!
"Quero ver do Sul ao Norte
O nosso caboclo forte
Trocar a casa de palha
Por confortável guarida
Quero a terra dividida
Para quem nela trabalha."
(Patativa do Assaré)
Terminaremos 2012 novamente como um dos
piores anos das ultimas décadas no processo da política de assentamento de
novas famílias por parte do governo federal. Por outro lado vemos um
crescimento do agronegócio não apenas através do apoio econômico do governo
federal como também através de leis que flexibilizam as leis trabalhista no
campo, que afrouxou na punição de crimes ambientais, que possibilita a
usurpação dos territórios indígenas entre outros. Pois foi nesse sentido que
foi aprovado o novo código florestal e a portaria 303 que permite a remarcação
das terras indígenas e outras tantas derrotas que sofremos no congresso
nacional por parte da bancada ruralista e do governo Dilma. Militantes dos
movimentos de luta pela terra afirmam que vivemos em um período de reformas de
base em favorecimento ao agronegócio.
Nos últimos anos tenho participado ativamente
de ocupações, marchas entre outras mobilizações dos movimentos campesinos de
luta pela terra em Goiás e no Brasil, bem como participando dos espaços de
articulação política. Há alguns anos temos feito a analise do abandono por
parte do PT e dos governos liderado por esse partido, do abandono da reforma
agrária. Nesse sentido construímos varias ações conjuntas no sentido de
fortalecer a luta pela terra, ou no mínimo manter a chama acesa.
O fato da maioria dos movimentos camponeses
terem uma relação histórica com o PT fez com que nos últimos anos suas direções
(cooptadas) recuassem nas ocupações e pressões mais aguda ao governo federal. Por
outro lado sem vitórias concretas, formação e trabalho de base os movimentos
perderam boa parte de suas bases que preferiram irem para as cidades atraídas pelo
crescimento da oferta de trabalho (precarizado), políticas compensatórias e o
mercado de consumo (endividamento).
O encontro unitário dos povos do campo
realizado no mês de agosto em Brasília foi um avanço no processo de construção
de unidade das organizações que atuam no campo, não só camponesa, como também
os indígenas, quilombolas e ribeirinhos. E um exemplo do potencial revolucionário
que a questão agrária tem no país. No entanto também mostrou as vacilações por
parte das direções dos movimentos em relação a ações mais radicais de ruptura
com o governo (o discurso do mal menor acaba definindo nossas ações).
Já o governo federal profundamente aliado com
a burguesia agrária não vacila um instante em coordenar um processo de
anti-reforma agrária profundo, de ataques ao que a luta camponesa conquistou
sob o sangue de muitos camaradas que tombaram ao longo do caminho.
Os movimentos de luta pela terra encontram se
numa encruzilhada - radicalizar ou não a luta por reforma agrária no Brasil. Romper
ou não com o governo petista (o mal menor para muitos). Um dilema que pode ser
facilmente resolvido, precisamos apenas resgatar o papel do movimento popular
combativo. Ora não devemos nos aliar com nenhum governo que não defende e nem
representa os nossos interesses. O papel do movimento popular é pressionar através
da luta os nossos direitos negados e usurpados.
É inegável a necessidade de uma reforma agrária
de fato no Brasil, bem como das organizações de luta da classe trabalhadora
assumir e tocar essa luta nunca de forma isolada, mas conjunta com as lutas por
uma transformação econômica e social no país.
Se as ações de articulação e mobilização
desencadeadas, sobretudo depois do encontro unitário dos povos do campo não se
tornarem em ações concretas como ocupações conjuntas de latifúndios e órgãos públicos,
paralisação de rodovias, marchas e o acampamento permanente em Brasília. Devemos
decretar o fim da luta pela reforma agrária no Brasil, sobretudo para ás
milhares de famílias que ainda resistem nas margens das rodovias em baixo de
barracas de lona em situação degradante na esperança de um dia ter um pedacinho
de terra para produzir e sobreviver.
Mas se a opção é continuar levando adiante
essa bandeira devemos parar de fazer discursos e lamentos sobre a traição do
governo do PT. Façamos de fato de 2013 um ano de luta camponesa incessante no
campo e na cidade, juntamente com o conjunto das organizações de luta da classe
trabalhadora. Pois afinal de conta a nossa luta não é apenas por reforma agrária
e sim pela superação do sistema capitalista e construção do socialismo.
*Pedro
Ferreira é educador e militante dos movimentos populares de Goiás e do Bloco de
Resistência Socialista.
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Poema para o Comandante Camilo Cienfuegos
Camilo Vive!
Por Pedro Ferreira
Sorriso
encantador,
Alegria
de viver,
De
si entregar pelo outro,
Coragem
de combater!
Quem
diria que aquele jovem,
Jeito
de brincalhão,
Ao
longo da caminhada,
Se tornasse comandante da revolução!
No
alto da sierra maestra,
Demonstrou o seu valor,
Mesmo
com todas as dificuldades,
Camilo
já mais vacilou.
Guerrilheiro
brilhante,
Segundo o comandante Che,
Tinha
a capacidade de poucos,
Lutar até vencer.
Camilo
foi se jovem,
Mal
pode ver florescer a revolução,
Mas
seu exemplo continua vivo,
Dentro
do nosso coração!
Viva
o guerrilheiro heróico,
Nosso
camarada irmão,
Comandante
Camilo vive,
Viva
a revolução!
*Para o
comandante Camilo Cienfuegos
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Lembranças
Tinha
esquecido teu olhar
Do quanto me fazia bem,
Quando estava com você,
Não lembrava mais de ninguém.
Tinha esquecido teu sorriso,
Doce feito o luar,
Das nossas juras de amor eterno,
De sempre nos amar.
Não sei do por que dessas lembranças
Já faz tanto tempo,
Será que por que no fundo,
Continuo ti querendo?
Não! São apenas lembranças
De um tempo que se perdeu,
O nosso amor na verdade,
Há muito que morreu.
*Pedro Ferreira
Do quanto me fazia bem,
Quando estava com você,
Não lembrava mais de ninguém.
Tinha esquecido teu sorriso,
Doce feito o luar,
Das nossas juras de amor eterno,
De sempre nos amar.
Não sei do por que dessas lembranças
Já faz tanto tempo,
Será que por que no fundo,
Continuo ti querendo?
Não! São apenas lembranças
De um tempo que se perdeu,
O nosso amor na verdade,
Há muito que morreu.
*Pedro Ferreira
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