quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Por uma política habitacional para quem de fato necessita em Lajeado



A atual gestão da prefeita Marcia Enfermeira (PSD) em Lajeado (TO) acaba de lançar mais uma etapa da construção de moradias populares para famílias sem teto da cidade. As casas estão sendo construídas no setor aeroporto.

Como é de conhecimento de boa parte da população o estado do Tocantins tem um déficit habitacional alarmante, segundo dados oficiais mais de 90 mil famílias não tem moradia própria. Lajeado, apesar de ser uma cidade pequena, com pouco mais de 2.500 habitantes, sofre com um grande índice de famílias vivendo em situação precária e sem moradia.

Nesse sentido é importante reconhecer a importância da continuação por parte da prefeitura de construção de moradias populares as famílias lajeadenses que não tem moradia própria e precisam pagar alugueis que a cada dia estão mais caro na cidade, devido a sua proximidade com a capital, Palmas.

No entanto o que nos chamou a atenção são os critérios utilizados para seleção das famílias contempladas nesta etapa, como também na anterior que já foi entregue. Ou melhor, o que tem chamado à atenção na verdade é a falta de critérios claros para seleção das famílias contempladas.

Como sabemos, o numero de moradias construídas na etapa anterior, bem como as que serão construídas nesta etapa não são suficientes para acabar o déficit habitacional de Lajeado. Nesse sentido a secretaria de habitação e de assistência social do município deveria fazer um estudo socioeconômico das famílias, para priorizar as que estão em situação de maior vulnerabilidade social e que por tanto deviam ter prioridade.

Porém o que temos visto é uma pratica um tanto quanto preocupante, o que nos faz afirmar que não houve por parte da prefeitura um estudo socioeconômico das famílias, e se houve, não foi levado em consideração. Pois em vez de priorizarem famílias que estão em situação extremamente degradante, que não tem condição de pagar aluguel, pois estão desempregadas ou sobrevivem fazendo bicos, e ainda tem muito membros no grupo familiar. Estão priorizando famílias que muitas vezes não precisam e as que precisam poderiam ser atendidas num segundo momento.

Infelizmente lamentamos que a atual gestão priorize a politica da troca de favores e de apoio político em vez de uma politica habitacional e de assistencial social que atenda as necessidades reais da população, sem excluir e priorizar aliados em detrimento da população mais carente.

Esperamos que a câmara de vereadores do município possa cumprir o seu papel que é de fiscalizar o poder executivo, exigindo esclarecimento sobre tal política habitacional, sobretudo relativo aos critérios utilizados para contemplar as famílias que serão beneficiadas com as moradias populares que estão sendo construídas na nossa cidade.

Também chamamos a todo o povo trabalhador de Lajeado a se organizarem e exigir maior claridade por parte da gestão da prefeita Marcia Enfermeira (PSD) em relação à aplicação do dinheiro público, que é dinheiro de todos nós. Não só em relação à politica habitacional, mas também em relação à doação de lotes e a contratação de pessoal para prestação de serviço em vez de realizar um concurso publico, politica esta que faz com que a prefeita esteja respondendo processo na justiça.

Por tanto exigimos:

Moradia digna para todas e todos já;

Por politicas públicas que atendam a necessidade da população e não a interesses do grupo político que administra a cidade;

Por um poder legislativo independente que fiscalize e não acoberte os desvios da prefeitura;

Por uma audiência pública na câmara de vereadores para discutirmos o déficit habitacional e a política habitacional da gestão municipal da prefeita Marcia Enfermeira (PSD);

Por um concurso público municipal já;

Se você concorda com essas bandeiras, se juntem a nós!

“Quem não se movimenta, não sente as correntes que os prendem”.

Rosa Luxemburgo

 

COLETIVO DE COMUNICAÇÃO JOSÉ PORFÍRIO
 
CONTATOS
 
Fone: (63)84946840
 
 
 
 

Poema: Junho de 2013

Ao camarada Wanderley Fernandes


Junho de 2013,

milhões vão às ruas.

Cem mil no Rio,

outros tantos em Sampa.

Em Porto Alegre e BH,

e em Brasília tomam de assalto a praça dos três poderes.

As tvs, rádios, jornais e revistas noticiam

‘Os vândalos viram heróis’

- Quem diria?

O discurso muda,

de petistas e tucanos,

de fulanos e ciclanos.

Burguesia perplexa,

 crise geral,

o povo tá nas ruas e não é carnaval.

- O que esta acontecendo? Não esta tudo bem?

Bolsa família,

Prouni,

Minha casa, minha vida.

- Não esta tudo bem?

Saúde,

Educação,

Cultura.

- Não esta tudo bem?

Copa do mundo,

Olimpíadas.

- Não esta tudo bem?

Ah, então não estávamos loucos.

Quando fazíamos greves, marchas, ocupações.

Quando lutávamos pelos nossos direitos,

mesmo que ainda éramos poucos.

Sim, tínhamos razão.

Falávamos que as mascaras cairiam,

e o povo se levantaria.

Sim, tínhamos razão.

Junho de 2013 o povo tomou as ruas

e não era carnaval,

não era para festejar.

Era para reivindicar,

protestar,

lutar pelos seus direitos.

Não senhores e chefes supremos.

- Nada esta bem.

Como sempre dissemos.

Mas ficará,

se o povo na rua continuar,

até nossa luta triunfar.
*Por Pedro Ferreira
 

Anderson Silva: De herói a anti-herói


*Por Pedro Ferreira

Acompanhei perplexo o nocaute sofrido por Anderson Silva no octógono do UFC diante do jovem americano na sua sétima defesa do cinturão dos pesos médios de MMA (Artes Marciais Mistas), até então Anderson não havia perdido uma luta neste evento, e sua performance no octógono era tão fascinante, mostrando uma superioridade tão grande a frente dos seus adversários que parecia mesmo que ele era imbatível.

Negro de origem humilde encontrou no esporte assim como tantos outros atletas brasileiros a oportunidade de fugir da miséria que nocauteia milhões de brasileiros. Seu sucesso logo o jogou com o apoio massivo da mídia no patamar de um herói e ídolo do povo brasileiro.

Tal como jogadores de futebol como Pelé, Ronaldinho, Romário e mais recente o Neymar. Pilotos de automobilismo como Ayrton Senna, Jade e Dayane dos Santos na ginastica, Cesar Cielo na natação entre outros. É apenas alguns exemplos de atletas jogados a condição de ídolos e heróis da pátria.

Atletas que levam nas costas as esperanças de um povo oprimido e explorado ao extremo, e que vê no sucesso desses ‘heróis fabricados’ uma chance para esquecerem suas frustações bem como de aceitarem sua condição de explorado. Assim quando esses atletas nos frustram com a derrota, somos obrigados a encarar a realidade.

A mídia que antes jogavam esses atletas a condição de heróis, diante da derrota, passam a trata-los como um anti-herói, os mesmos se tornam descartáveis, já não servem para continuarem alienando o povo. Assim a mídia parte por tanto em busca de novos heróis.

Anderson Silva tem sentido isso na pele. De herói a anti-herói. Eu que sempre admirei Anderson como lutador (não como herói ou ídolo) não posso deixar de confessar a minha decepção com sua derrota, mesmo sempre imaginando que uma hora ela viria. Também me recusei a ver o massacre e demonização desse grande atleta pela impressa e opinião pública quase em sua totalidade.

Só agora alguns dias, tive coragem de ver a entrevista dele no programa da Marilia Gabriela e não me arrepende, inclusive foi diante dessa entrevista que pensei escrever este artigo. Entrevista a qual mais uma vez vi o grande atleta que ele é, bem como um grande ser humano.

Hoje penso que Anderson Silva nos deu uma grande lição, mesmo sem querer. Lição de que antes de ser um ídolo ou herói, ele é humano, que tem suas fraquezas e que comete erros, que não é invencível e não pode carregar nas costas a responsabilidade de fazer com que tenhamos dias melhores. Pois isso deve ser tarefa de todos nós.

Tal como reconheceu a derrota, que Anderson Silva também não se deixe levar pela opinião de que é um anti-herói, mas que não volte a se achar que é um herói quando dê a volta por cima, pois acredito que dará e estarei acompanhando na sua próxima luta e torcendo por ele.

Que não se deixe manipular, tornando-se apenas um produto para gerar riqueza e alienar o povo. E pela entrevista que vi, senti que ele tem consciência disso. Deve por tanto voltar a sua origem tirando de suas costas qualquer responsabilidade que não tem, acreditando no que não é. E voltar a lutar simplesmente por prazer.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

No eixo anhanguera

Por Pedro Ferreira

São 16h, estou no terminal Praça ‘A’ esperando o eixo anhanguera para continuar minha viajem do trabalho de volta para casa. Há quase dois anos desde que vim do norte para trabalhar e estudar em Goiânia levo essa vida. Acordar 05h30 pego quatro ônibus para ir para o trabalho aonde chego às 7h e pego mais quatro ônibus para retornar para casa aonde chego por volta das 17h, isto é, apesar de trabalhar e receber por o8 horas diárias, contando o tempo de deslocamento para ir e voltar na verdade trabalho 12h.

Mas não há alternativa para quem tem que pagar aluguel e, portanto deve morar na periferia onde os mesmos são mais em conta. Assim é necessário utilizar o transporte coletivo para atravessar a cidade e poder chegar até o trabalho. Sim essa e a minha rotina há quase dois anos, seguir até um dos maiores hipermercado da capital goiana, em um dos setores mais nobres da cidade para vender minha força de trabalho em troca de um salario mínimo.

Aos poucos o sonho de entrar na faculdade e me tornar um professor vai ficando esquecido em meio à dura rotina. Como o meu coração que também vai endurecendo tal como aquela paisagem de concreto que me arrodeia diariamente e que também endurece todos que vivem por ali.

Quase dois anos naquela rotina, nada de novidade, os vendedores ambulantes, os pedintes, os ônibus superlotados. Mas naquela tarde aconteceu algo diferente, mais uma vez pegamos o eixão superlotado que ao passar pelo terminal praça ‘A’ lotou mais ainda. A maioria das pessoas seguia em silencio, o aperto não era fácil, mas sempre havia grupos conversando, alguns alegremente sobre diversas coisas, a conversa tomava todo o eixão. Ou que quiséssemos ou não, tínhamos que compartilhamos daquelas historias.

Foi de repente - Um choro começou a ser ouvido por todos e cada vez mais ia ganhando força, sobretudo com o silencio que ia se fazendo. Todas as conversas, os sorrisos, tudo foi se apagando. Apenas o choro era ouvido, um choro forte, melancólico e demasiadamente triste. Cada soluço daquela senhora com seus 40 anos de idade mais ou menos, era como uma facada em cada um que estava ali.

Ninguém a consolou tentou saber daquele choro, daquele choro triste, daquele choro tão triste. Apenas todos se calaram e ficaram sentido aquela dor. O que seria, o que tinha acontecido com aquela senhora? Ninguém ali sabia, tal como eu era a primeira vez que muitos viam aquela mulher. Mas não podíamos deixar de sentir aquela dor profunda que ela sentia, logo nós que a tanto nada sentíamos.


O choro dela era tão triste, como se fosse de um filho que perde a mãe. Não eu acho que era pior. Como a mãe que perde um filho. No ponto final todos nós descemos e seguimos nossas vidas, ela também. Cada um de nós com nossas dores, angustias e esperanças, percebendo nos humanos, mesmo na dura rotina que enfrentávamos.

*Dedicado a minha irmã Vera Lucia e a todos os tocantinenses que vivem em Goiânia e outros grandes centros em busca de melhores condições de vida.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Juventude Tocantinense se levanta contra o monopólio do transporte coletivo, auxilio moradia para os deputados estaduais, por reforma agrária e urbana entre outras bandeiras!


Por um transporte coletivo público, gratuito e de qualidade já!

*Por Pedro Ferreira


Palmas é uma das capitais brasileira onde há um dos piores serviços de transporte coletivo do Brasil. Transporte que é controlado por apenas um grupo empresarial que presta um péssimo serviço à população tirando lucros exorbitantes. Isso tudo com a conivência dos políticos de plantão que são financiados por esses empresários durante a campanha.

Todos os anos a tarifa aumenta, no entanto a qualidade dos serviços prestados segue na contra mão, isto é, só piora. Ônibus sucateados e superlotados, terminais sem infraestrutura, ausência de linhas na periferia. Além da exploração dos trabalhadores do transporte coletivo que ganham salários baixos e tem que desempenhar mais de uma função.

Nesse sentido o movimento pelo fim do monopólio do transporte coletivo na capital do Tocantins é extremamente importante e deve ser fortalecido por todas as organizações de luta da classe trabalhadora, pois é o povo trabalhador que sofre no dia a dia com um transporte caótico, caro e de péssima qualidade.

Mas não adianta apenas a quebra do monopólio, sobretudo em Palmas, pois seria uma medida que agradaria e beneficiaria outros empresários que entrariam num esquema hoje dominado unicamente por um grupo. Como também esta medida não garantiria a melhoria do sistema do transporte coletivo da capital, ao contrario pode surgir um novo monopólio, de dois, três ou mais grupos.

Dessa forma precisamos avançar na nossa pauta de reivindicações. Não basta apenas a quebra do monopólio do grupo Miracema no Transporte coletivo de Palmas. Queremos um transporte coletivo de fato publico gratuito e de qualidade.

As duas primeiras mobilizações em Palmas levaram para rua mais de 10 mil pessoas, em Araguaína e Gurupi também aconteceram importantes mobilizações.

A população de Gurupi deu o exemplo conseguindo barrar o aumento da passagem do transporte coletivo da cidade, onde a empresa unilateralmente decidira aumentar a tarifa de R$ 2,50 para R$ 2,70. No entanto a luta deve continuar no interior do estado também pela estatização do serviço e por tarifa zero. Serviço Público tem que ser gratuito!

Pelo fim dos privilégios e regalias aos deputados estaduais tocantinenses.

Não ao auxilio moradia!

A juventude que tem tomado às ruas das principais cidades tocantinenses tem também reivindicado o fim do auxilio moradia para os deputados estaduais, aprovado no inicio do ano na assembleia legislativa por unanimidade.

Em um estado onde há um déficit habitacional segundo os dados do governo de 90.604 moradias, tal privilégio é uma imoralidade como também mostra o quanto o parlamento tocantinense esta isolado da realidade em que sobrevivem milhares de trabalhadores no estado.

Já não bastasse um salario de mais de 20 mil mensais, verbas de gabinetes e o 14º e 15º salários que continuam sendo pago na assembleia legislativa do Tocantins. Ainda por cima o deputado José Bonifácio do PR, quer instituir o auxilio saúde.

Além dos deputados estaduais o auxilio moradia também foi ampliado para os conselheiros do TCE e do MPE. Esse absurdo não pode continuar! Fim do auxilio moradia já!

Movimento dos Sem Terra, dos Sem teto, Feministas e LGBTs também reivindicam por seus direitos!

A luta do movimento campesino sem terra tem sido pautada nas mobilizações bem como do movimento dos trabalhadores sem teto. O combate ao latifúndio e ao agronegócio no campo e ao déficit habitacional e especulação imobiliária na cidade é fundamental para derrocada da política hegemônica no Tocantins que privilegia esse setor. Setor este que mantem o Tocantins na miséria.

Por tanto a luta por reforma agrária e urbana deve ser fortalecida com a perspectiva de buscar a emancipação da classe trabalhadora do campo e da cidade.

A luta feminista tem sido bastante forte e significativa em um estado onde impera uma cultura machista forte, existem altos índices de violência contra as mulheres no estado, bem como a ausência do poder público em oferecer estrutura para que as mulheres façam valer os seus direitos. Bem como o movimento LGBTs que tem se somado as mobilizações nacionais pelo Fora Feliciano da Comissão de Direitos Humanos da câmara federal e também dizendo não ao projeto ‘Cura Gay’.

Fortalecer as bandeiras históricas da classe trabalhadora! Pela construção de um bloco das organizações de esquerda nas próximas mobilizações

É tarefa das organizações da classe trabalhadora tocantinense dá um tom contra hegemônico e anticapitalista nas mobilizações populares que vem crescendo a cada dia no estado. Alertando a juventude para que não caia no discurso da direito contra partidos e movimentos sociais.

Nesse sentido precisamos atuar em bloco nas mobilizações para fortalecer nossas bandeiras bem como as posições de quem sempre esteve nas ruas lutando e se sacrificando pelos direitos da classe trabalhadora. Cantando nossas canções e gritando nossas palavras de ordem. E dialogando com os diversos setores do movimento.

Fazendo o contrario que militantes de partidos da direita e mesmo que se diz de esquerda tem feito que se aproveitam com o descontentamento de um amplo setor da juventude com a politica. Jogando todas as organizações políticas em um mesmo saco. Um discurso que despolitiza o debate e que não contribui com a luta histórica dos trabalhadores.

Que as bandeiras vermelhas do movimento sem terra e sem teto, da marcha das vadias e o ato em frente à organização Jaime Câmara, onde os manifestantes gritaram – Oh rede globo o povo não é bobo! Possam se multiplicar nas próximas mobilizações. E que antes do hino nacional gritemos “O povo unido já mais será vencido”! Abaixo o capitalismo! Criar, criar Poder Popular!

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Solidariedade às famílias da ocupação Pinheirinho Vive – Não a reintegração de posse!


*Por Pedro Ferreira

No inicio dessa semana ás 900 famílias da ocupação Pinheirinho Vive – Em Palmas/TO, foram surpreendidas com a decisão da justiça do estado que deferiu uma liminar com o pedido de reintegração de posse da área que deverá ser executada em cinco dias.

Como vemos a rapidez da justiça para atender o proprietário da área não é a mesma do poder público que até o momento não apresentou nenhuma proposta concreta para resolver a demanda das 900 famílias que estão na área desde fevereiro. Até o momento varias reuniões, audiências, marchas e atos foram feito pelas famílias acampadas, no entanto a prefeitura de Palmas e governo do estado continuam empurrando o problema com a ‘barriga.’

Nesse sentido é importante a solidariedade e o apoio de todas as organizações da classe trabalhadora as famílias da ocupação Pinheirinho Vive coordenadas pelo MTST, exigindo da justiça estadual a revogação imediata da liminar de reintegração de posse até que a prefeitura municipal e o governo do estado apresente uma proposta concreta para o MTST e as famílias acampadas.

Exigimos também da prefeitura de Palmas e do governo do estado o atendimento das reivindicações apresentada pelas famílias, isto é, um teto para morar. Pois as famílias não estão acampadas por prazer, mas sim por necessidade já que não tem condições de pagar os alugueis caríssimos cobrados em Palmas.

Não aceitaremos passivos ações tal como a desocupação do Parque Oeste Industrial em Goiânia e do Pinheirinho em São José dos Campos. Questão social deve ser resolvida como caso de política e não de policia.

Nos solidarizamos integralmente com o MTST - Tocantins e com as famílias da ocupação Pinheirinho Vive. Bem como solicitamos que as organizações de luta da classe trabalhadora façam moções de apoio as famílias e solicitando a justiça e o poder público à suspensão do processo de reintegração de posse número 50078769820138272729, que deferiu liminar para que 900 famílias, em 05 dias, desocupem a área.

Abaixo alguns e-mails para onde as moções devem ser encaminhadas:

Tribunal de Justiça do Tocantins: E-mail: ouvidoria@tjto.jus.br
Secretaria da Cidades, Habitação e Desenvolvimento Urbano -E-mail: imprensa@habitacao.to.gov.br
  Comunicação do governo estadual: crmachados@gmail.com
Prefeitura municipal de Palmas: E-mail: ouvidoria@palmas.to.gov.br
Assembleia Legislativa do Tocantins: webmaster@al.to.gov.br
Câmara de vereadores de Palmas: http://www.cmpalmas.to.gov.br/?page_id=4108

 

Artigo: Amastha - Mais do mesmo

Doação de salário do prefeito
*Por Pedro Ferreira

Apresentando-se como uma novidade no processo político de 2012 como uma alternativa diferente aos demais candidatos a prefeito de Palmas e com um discurso de que faria uma gestão diferente das anteriores, Carlos Amastha do PP desde o primeiro momento mostrou a que veio.
O candidato que incorporou na sua campanha o discurso de mudanças e que veio de encontro com o sentimeto de uma população cansada e desiludida com os políticos tradicionais do Tocantins, população esta que elegeu Amastha com a ilusão de que Palmas viveria um novo período.
Sim Palmas esta vivendo um novo período de abandono da população, da educação, da saúde, do transporte público cada vez mais caótico e caro. De favorecimento dos grandes empresários e criminalização dos trabalhadores autônomos. Do aprofundamento da logica empresarial na administração pública, tanto que foi criado um conselho empresarial para elaborar políticas que deveram ser executado pela prefeitura.
O critico feroz ao Siqueirismo cada dia tem rasgado elogios a este e conta com o apoio do mesmo na sua administração. O que levou o seu vice Deputado Sargento Aragão um antisiqueirista ferrenho a romper com Amastha. A base de apoio do seu governo é ampla e mostra que o mesmo em nada rompeu com os políticos tradicionais tocantinenses. Além de Siqueiristas, Amastha conta com o apoio do PMDB e agora mais recente com o PT. PT que após passar 8 anos usurpando dinheiro dos cofres públicos, retornar a comandar a pasta da saúde no governo Amastha.
Demagogo e populista Amastha mensalmente faz questão de chamar a mídia para presenciar a cerimonia da doação do seu salario para ONGs. Querendo convencer a população que esse gesto faz dele um político diferenciado. No entanto que a população não se iluda, pois o salario de prefeito é irrisório diante dos benefícios que ele pode obter mudando e flexibilizando leis que favorecem única e exclusivamente o setor empresarial, que nada é mais do que favorecer a se mesmo, já que é um grande empresário.
Enquanto muitos aplaudem a doação de salario do prefeito, que é doado com o acordo de que sejam retribuídos com apoio a seu governo. Não veem a entrega dos bens públicos, que a todos nós pertence para iniciativa privada, em uma parceria que só um lado ganha, e não é o do povo.
Recentemente querendo surfa na onda da mobilização pelo fim do monopólio do transporte coletivo de Palmas que será realizado nesta quinta-feira (20/06) na praça dos Girassóis, Amastha fez duras declarações sobre a péssima qualidade do serviço prestado a população, inclusive confirmando sua presença no ato.
Ora se o prefeito que não utiliza o transporte coletivo da capital não esta contente imagine a população que depende desse serviço. Alias por que em vez disso o prefeito não suspende imediatamente o contrato com a empresa que presta o serviço na capital e reduza a tarifa?
*Educador e assessor de Movimentos Populares, militante do Bloco de Resistência Socialista e do Partido Socialismo e Liberdade.