A educação formal no Brasil está de mal a pior. E
como diz a sabedoria popular – Não adianta tapar o sol com uma peneira. Pois de
fato a educação brasileira não vai nada bem. Até ai nenhuma novidade. A questão
é que parece que a coisa tem piorado assustadoramente. É a essa conclusão que
tenho chegado quando assisto o noticiário a cerca das manifestações que tem
tomado conta do país no ultimo período tanto contra como a favor do governo
Dilma Rousseff.
Não, não estou falando isso por causa dos cartazes
pedindo a volta da ditadura militar e outros tantos exemplos de uma total falta
de conhecimento da história do país. Ou na mediocridade que se tornou o debate
politico que mais parece briga de torcedores de times de futebol. A questão é
ainda mais catastrófica – vamos a ela.
Não é nenhuma novidade que na educação formal o
ensino das ciências exatas, especialmente da matemática, é um dos principais
gargalos. Basta ver as notas do ENEM – onde as notas mais baixas são justamente
nos conteúdos das disciplinas de ciências exatas. Uma das explicações para essa
questão é de que a maioria dos professores que ministram matemática nas escolas
públicas, sobretudo, não são formados na área.
Talvez ai esteja a explicação para a demonstração da
pouca habilidade com a matemática que policiais, movimentos sociais e meios de
comunicação tem nos revelado na discussão sobre o numero de participantes nas
manifestações tanto contra como a favor do governo. O que me espanta, sobretudo
é a disparidade dos números apontados pelos atores envolvidos – por exemplo, em
uma manifestação em Goiânia os manifestantes disseram que havia 5 mil pessoas,
já a policia disse que era apenas 500 pessoas. Em São Paulo certa vez a policia
dizia que havia 500 mil pessoas, os manifestantes calculavam 1 milhão.
Ora, isso só pode ser reflexo de uma coisa – esses
caras são péssimos em matemática, são péssimos em calculo e estatística. Que haja
diferença entre o numero de participantes apresentado por policiais e
manifestantes é razoável. Até por que é impossível calcular exatamente o numero
de pessoas nessas manifestações. Pelo menos por enquanto, pode ser que de uma
hora para outra inventam um aparelho para fazer essa medição. O fato é que não
dá para aceitar uma disparidade tão grande entre o numero apresentado pelos
policiais e o numero apresentado pelos manifestantes. Uma coisa é certa, alguém
errou e errou feio.
O pior é que no noticiário a discussão sobre o
numero de manifestantes muitas vezes torna-se mais importante do que o motivo
pelo qual as pessoas estavam manifestando. Ai você meu caro camarada, que esta
perdendo seu tempo lendo essa conversa sem pé e nem cabeça me pergunta – Do que
esse maluco tá falando? Qual o sentido disso? Não se zangue comigo camarada –
“a revolução não será televisionada”.E no final das contas, você há de
reconhecer que tenho alguma razão ou não né?!
Pedro Ferreira Nunes é poeta e escritor popular tocantinense.
Olá Pedro!
ResponderExcluirEm um passeio pela NET a procura de material para elaboração da minha monografia: “CONFLITO NO CAMPO E REFORMA AGRÁRIA”, deparo-me com suas palavras ricas em detalhes e conhecimento. Parabéns meu nobre por tão importante trabalho ao povo tocantinense.
Forte abraço
Elmison Sousa e Silva
Acadêmico 9º Direito
UNITINS-Campus Dianópolis
Olá Elmison,agradeço pelo comentário e desde já lhe parabenizo pelo escolha do tema da sua monografia. É de extrema importância darmos visibilidade a violência que os povos do campo sofrem no nosso estado.
ResponderExcluirAbraços fraternos,
Pedro Ferreira Nunes