quinta-feira, 6 de maio de 2021

Conjunturais

A pandemia de Covid-19 continua cobrando caro da população brasileira como consequência das políticas desastrosas por parte dos Governantes. A oposição continua fazendo muito baralho sem pouca efetividade. O campo progressista reduziu tanto o seu horizonte político que se agarra numa possível candidatura do Lula em 2022 como perspectiva de mudança.

A eleição de 2022 é a obsessão de todos. Ainda estamos há mais de um ano do pleito, mas já não se fala em outra coisa no meio político. Todas as ações nesse campo é feita de olho na disputa vindoura. Aliás, o cenário político dos últimos anos mostra que vivemos numa campanha eleitoral contínua desde 2016.

No Tocantins o Governador Mauro Carlesse (PSL), ao contrário de Bolsonaro, voa num céu de brigadeiro. Talvez nem o Siqueira Campos no auge da União do Tocantins (UT) teve tanta tranquilidade para Governar. A oposição ao seu Governo é praticamente inexistente, tanto no parlamento onde tem na sua base de apoio de PSDB a PT. Como também por parte de Sindicatos e Movimentos Sociais. 

Essa quase unanimidade em torno do seu governo pode parecer que tudo está as mil maravilhas. Mas quando analisamos os dados da pesquisa (IBOPE, Novembro de 2020) sobre a avaliação do Governo Carlesse percebemos que há algo de errado. Somando os que avaliam o Governo entre Ruim e Péssimo o índice chega a 40%. E se acrescentarmos os 41% que avaliam como regular. Fica claro que a popularidade do Governo não é das melhores.

A inexistência de uma oposição forte num cenário desses nos revela uma coisa – não temos nenhum grupo político sintonizado com os interesses do povo, mas apenas com os seus interesses particulares. 

Enquanto isso algumas lideranças políticas já se movimentam com o objetivo de viabilizar suas possíveis candidaturas. Sobretudo aquelas figuras que estão sem mandatos, como é o caso dos ex-prefeitos Carlos Amastha, Ronaldo Dimas e Laurez Moreira. 

O fato de Carlesse não poder ser candidato ao Governo Estadual anima a disputa, como também a ausência de uma figura política como fora Siqueira Campos e até Marcelo Miranda outrora.

Além dos ex-prefeitos citados acima, destaca-se também o nome do Senador Eduardo Gomes e do Vice-governador Wanderlei Barbosa. Nenhum desses nomes se sobressai o que aponta portanto uma disputa acirrada. Por enquanto há mais especulação do que certeza. 

Além do cenário regional, e o desejo pessoal de alguns candidatos á candidato, é preciso levar em consideração o cenário nacional, sobretudo em relação às alianças que se formaram. Mas uma coisa podemos apontar, seguindo o que ocorreu nas últimas eleições é provável que pelo menos em primeiro turno não aja grandes alianças. Sobretudo porque os partidos terão que pensar na cláusula de barreira que deverão ultrapassar na disputa proporcional.

Outra disputa que merece um breve comentário é a do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado do Tocantins. Não é sem decepção que vemos a mesma velha figura como candidato a Presidência do Sindicato. Figuras que estão há muito tempo afastada da sala de aula (do chão da escola), que há muito perderam a conexão com as reais demanda da classe.

Infelizmente essa não é uma exceção no movimento sindical, tanto a nível Regional como Nacional. De modo que não é de se admirar que essas organizações estejam cada dia mais esvaziadas e sem força de mobilização. Como consequência os governos não tem grande dificuldade de impor medidas de restrições de direitos. E com isso encerramos por enquanto. 

Por Pedro Ferreira Nunes – Educador Popular e Especialista em Filosofia e Direitos Humanos. 

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