terça-feira, 11 de junho de 2013

MTST – Tocantins realizará Ato Contra os Crimes da Copa

*Por Pedro Ferreira

O MTST – Tocantins se somando ao ato nacional Contra os Crimes da Copa. Jornada de luta convocada pela RESISTÊNCIA URBANA - Frente Nacional de Movimentos e pela Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (ANCOP). Fará nesta sexta-feira (14/06) um ato na Av. JK em Palmas – TO, a concentração será em frente ao Ministério Público Federal, ás 08h da manhã.

As organizações que convocaram a mobilização colocam que - “A mobilização ocorrerá em mais de 15 capitais do país, entre os dias 14 e 16/6, para marcar a indignação popular contra os abusos da Copa. Contra os despejos, a higienização urbana e dinheiro público para estádios!”.

Apesar de não ser um dos estados sedes, as trabalhadoras e trabalhadores sem teto do Tocantins se somam e se solidarizam com ás milhares de famílias que vem sendo criminalizadas e despejadas de suas casas para construção das obras para Copa do Mundo de 2014.

É um absurdo os bilhões de dinheiro público que estão indo para o ralo com a construção das obras da copa, dinheiro que deveria ser destinada para educação, saúde, combate ao déficit habitacional, cultura entre outros. Assim convocamos a todas as organizações da classe trabalhadora tocantinense a se somar a essa mobilização, bem como de serramos fileiras contra os crimes que o estado brasileiro vem cometendo contra o povo que dignamente lutam pelos seus direitos tanto na cidade como no campo.

*Educador Popular, Assessor de Movimentos Populares, Militante do Bloco de Resistência Socialista e do Partido Socialismo e Liberdade – PSOL/TO.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Poema: E os guerrilheiros do Araguaia, onde estão?

Filhos da subversão

Semeadores da esperança,

Em tempos de trevas tirânicas

Lutar com armas nas mãos.

 
Gritos por liberdade

Pela libertação do povo,

Arquitetos de um tempo novo

Construtores da revolução.



Guerrilheiros do Araguaia

Onde estão seus corpos?

Condenados a morte

Nas belas terras do norte.



E os guerrilheiros do Araguaia

Onde estão?

Que crimes cometeram?

Sonhar com o fim da opressão?

 
 
Guerrilheiros do Araguaia

Esquecidos,

Traídos,

Pelos próprios companheiros.

 
 
Que agora de mãos dadas

Andam com a burguesia,

Socialismo só na teoria

Traidores da revolução.

 
Guerrilheiros fuzilados

Na guerrilha do Araguaia,

Onde estão?

Haveremos de vinga-lós

Esquecidos já mais serão.
 
*Por Pedro Ferreira

Poema: Baixa Preta

Crianças brincando de golzinho na rua,

cachorros latindo.
Estádio Castanheirão

Ruas de cascalho,

quando chovia a lama era geral.

Mulheres descendo para a fonte,

com uma trouxa de roupa para lavar.

No domingo tem o TEC X MEC no Castanheirão.

Ao anoitecer a criançada fazia a festa,

não tinha cerca que os segurava.

Caju, manga, laranja

no quintal do vizinho é mais gostoso.

Cai no poço, quem ti tira? Meu bem...

E assim muitos deram o primeiro beijo.

Baixa preta,

 sempre esquecida pelo poder público.

Será por que?

Pela cor dos que lá moravam?

Baixa preta, ah baixa preta

Dizem que continua como antes.

Esquecida pelo poder público,

mas cheia de vida.

(Baixa Preta é um bairro da periferia de Miracema - TO, onde cresci).
*Por Pedro Ferreira

Moção de repudio as declarações do deputado estadual José Bonifácio que chamou os trabalhadores e trabalhadoras tocantinenses de babacas e bandidos.

Deputado Estadual José Bonifácio (PR/TO)
Viemos por meio desta repudiar com veemência as declarações feita pelo deputado estadual José Bonifácio (PR) feitas em decorrência da ação dos movimentos sociais do Tocantins, sobretudo os sem teto e sem terra na assembleia legislativa no dia 30 de abril.
O nobre deputado não ofendeu apenas as centenas de famílias que participaram da manifestação por reforma urbana, agrária, políticas públicas que atendem a necessidade da população e contra o auxilio moradia para os deputados e outras autoridades tocantinenses. Quando chamou os mesmos de babacas e bandidos, ofendeu a toda a classe trabalhadora, que não estava presente na mobilização, mas com certeza estão indignadas com a desordem politica estabelecida no Tocantins.
Se os deputados tocantinenses, governo estadual e demais autoridades públicas estivessem fazendo sua obrigação que é de atender as necessidades básicas da população. Essas famílias não estariam protestando. Pois ninguém vive de baixo de barraca de lona em condições precárias, fazendo marchas, ocupando órgãos públicos, em suma, lutando pelos seus direitos, se esses fossem atendidos.
Se o nobre deputado que foi eleito graças ao voto de centenas de trabalhadores não ganhasse um salario de mais de 20 mil mensais, auxilio moradia entre outros privilégios, com certeza não teria essa opinião. O povo tocantinense deputado Jose Bonifácio não é babaca, nem mesmo aqueles que votaram em ti, e as vaias que escutaste pode ter certeza que vem de todos os lares das trabalhadoras e trabalhadores tocantinenses. Vaias que haverão de ecoar por todos os cantos do nosso estado e que culminarão com a exclusão desses falsos representantes do povo dos espaços públicos do nosso estado.
O povo tocantinense que se organiza e luta pelos seus direitos também não são bandidos deputados tocantinenses e demais autoridades. Bandidos são aqueles que se apoderam dos espaços públicos para interesses privados. Desviando recursos que deveriam ser destinada para educação, saúde, habitação, geração de trabalho entre outros para seus bolsos.
Por fim declaramos nosso apoio incondicional à luta da classe trabalhadora tocantinense em marcha pelos seus direitos e contra a política hegemônica no estado de favorecimento aos grandes proprietários de terra, empresários e especuladores. Bem como repudiamos as declarações e práticas desses falsos representantes do povo, que deverão ser extirpados dos espaços públicos do Tocantins.



“Se o presente é de luta, o futuro nos pertence.”

Ernesto Che Guevara

 

Palmas, 28 de Maio de 2013.

MTST – TOCANTINS

BLOCO DE RESISTÊNCIA SOCIALISTA

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Manifesto a classe trabalhadora Tocantinense

Povo do Tocantins - levante, resista, lute!

Povo do Tocantins é hora de acordar,
De não aceitar o “possível”,


Essa realidade deve mudar.

Chega de ficar acomodado,

Pois ficar de braços cruzados,

É aceitar ser explorado.

Não nos iludamos

Com Siqueiras, Abreus e Mirandas,

O poder estas com vós,

Acredite, é o povo que manda.

Levantai meu camarada tocantinense,

Resista, vamos lutar,

Com a unidade da classe trabalhadora,

Nossa luta revolucionaria triunfará.
 
*Pedro Ferreira - Milítante Socialista Revolucionário.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

A marcha unificada foi um marco histórico para a classe trabalhadora tocantinense

*Por Pedro Ferreira
 
A marcha unificada dos trabalhadores tocantinenses que foi realizada na ultima terça-feira (29/04) contou com a presença de cerca de 350 manifestantes. Os mesmos saíram em marcha pela Av. JK  e seguiram rumo a assembleia legislativa -TO. Durante o percurso os manifestantes denunciaram as promessas do governador Siqueira Campos (PSDB) de construir 70 mil casas e até o momento nenhuma foi entregue. Também foi lembrado a criação da secretaria de desenvolvimento agrário e regularização fundiária e a nomeação do deputado Irajá Abreu (PSD) para gerir a pasta, o que representa um ataque aos movimentos campesinos de luta pela terra e políticas públicas para agricultura familiar e camponesa.
 
As organizações presentes também denunciaram a aprovação do auxilio moradia para deputados estaduais, Conselheiros do TCE e do MPE como uma imoralidade em um estado onde há um grande déficit habitacional não enfrentando pelo poder público, bem como as articulações para aprovação do auxilio saúde para os deputados estaduais. Os manifestantes também lembraram a luta das mulheres, da juventude e dos servidores públicos, em especial os professores.
 
A marcha foi encerrada na assembleia legislativa onde os manifestantes reivindicaram uma reunião com os deputados estaduais para apresentarem suas pautas de reivindicações. Após uma tentativa de barrar a entrada do povo na assembleia legislativa os deputados recuaram e permitiram que todos entrassem e assistisse a sessão, bem como também aceitou receber uma comissão das organizações presentes para negociar. No entanto o povo teve que assistir a sessão de um local onde os deputados ficam protegidos por um vidro, uma espécie de proteção dos deputados do povo que o elege, um espetáculo curioso e revoltante ao mesmo tempo.
 
Poucas vezes a casa do povo (Assembleia Legislativa) pelo menos na teoria. Por algumas horas, teve em seu seio o povo. Crianças, jovens, mulheres e homens que na sua maioria nunca tinham pisado naquele local estavam ali pela primeira vez mostrando ao parlamento tocantinense bem como para o conjunto da sociedade que não aceitaremos passivamente o caos político estabelecido no nosso estado.
 
Após uma longa espera a comissão das organizações dos trabalhadores que estavam na marcha foram
recebidos pelos deputados, ao fim foi encaminhada uma audiência pública para o dia 16/05 na ALE-TO com a presença do governo estadual e municipal de Palmas, dos parlamentares e dos movimentos sociais para continuarem de forma profunda as reivindicações apresentadas na mobilização.
 
Ao final foi feito uma plenária onde foi dado informe sobre os encaminhamento da reunião com os deputados bem como uma avaliação positiva da marcha unificada. O objetivo da mobilização foi conseguido em partes, a marcha teve uma ampla cobertura na imprensa local e mesmo em alguns veículos nacionais. No entanto os movimentos deixaram claro que as mobilizações não deixaram de acontecer.
 
Na nossa intervenção colocamos a importância de fazermos em outro momento uma avaliação mais aprofundada dessa ação e planejarmos as futuras, bem como sendo fundamental atrairmos mais organizações dos trabalhadores para essa frente de luta. A marcha unificada dos trabalhadores foi um marco histórico para a classe trabalhadora tocantinense. Mas precisamos fortalecer e consolidar essa luta.
 
Participaram da marcha as seguintes organizações: MTST, MST, MAB, FETAET, MNLM, SINTET, CUT, ANDES, DCE/UFT, OPM, Casa 8 de Março e o Partido Socialismo e Liberdade - PSOL/TO.
 
*Pedro Ferreira - Educador e Assessor de Movimentos Populares, Militante do Bloco de Resistencia Socialista e do PSOL-TO.