segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Conto: A morte de John

Por Pedro Ferreira

- Garçom manda mais uma garrafa de Whisky meu. Gritou John.

- Já deu, vamos fechar. É a ultima.

Era 6 da manhã, John era o único de pé, juntamente com seus amigos já havia tomado umas quatros garrafas de Whisky, além de bastante cervejas. Seus amigos já tinham pedido arrego. John saiu então com uma garrafa na mão procurando mais um bar aberto. Naquela hora, impossível.

Não queria voltar para casa, odiava a vida ali, trabalhar e estudar a um tempo desistira. Também não queria voltar para sua terra natal. Sua vida era de bar em bar em busca de sexo, drogas e rock in rol. Mesmo assim não estava feliz.

Cansara-se de tudo e de todos, cansara de viver. Ele que nunca foi de beber, estava bebendo, nunca foi de fumar, estava fumando. Já tinha sido preso por brigar na rua, e porte de maconha. Tudo isso apenas em 6 meses.

Quando John deixou sua terra natal, sua mãe e queridos familiares tinha na cabeça o projeto de começar uma nova vida naquela capital. Estudar, se formar, construir uma nova historia enterrando os fantasmas do passado que sempre vinha lhe incomodar.

Inicialmente conseguira um trabalho bem como estava se preparando para o vestibular, mas de repente tudo mudou, sem explicação John começou a beber, fumar, brigar. Tornou-se um ser noturno, habitante da vida boemia da capital.

Há seis meses que John vivia aquela vida, e há três dias que não voltava para casa. Como não obteve êxito em busca de um bar aberto às seis da manhã de uma segunda-feira, decidiu voltar para casa.

- Onde você estava John? Isso é vida?

John seguiu silenciosamente para o seu quarto sem da atenção aos questionamentos do seu irmão. Fechou a porta, procurou uma Gilette e ao som de Janis Joplin cortou seus pulsos e dormiu profundamente, eternamente.





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