Introdução
Mesmo
com o discurso predominante sobre a superação da necessidade de se fazer uma
reforma agrária no Brasil, sobre tudo pela ausência de uma política por parte do
governo de desapropriação de áreas improdutivas e assentamento de milhares de
famílias que se encontram acampadas nas margens das rodovias na luta por um
pedaço de chão, e que muitas vezes são obrigados a radicalizar suas ações para
que possam ser atendidas as suas reivindicações.
O
que vemos é cada dia mais uma necessidade de se fazer uma verdadeira
reforma agrária neste país, não só para que milhares de famílias que estão
acampadas possam conseguir um pedaço de chão para dali tirar sua subsistência
como também, pela necessidade de milhares de famílias que estão nas periferias
das grandes cidades as margens das políticas públicas.
Como
também pela preservação do meio ambiente e a produção saudável de alimentos.
Sendo que o atual modelo agrícola brasileiro com base na monocultura, e na
agroexportação, com intenso uso de agrotóxico é extremamente prejudicial ao meio
ambiente.
Nestes
quase 09 anos de governo do PT (Partido dos Trabalhadores), o que vemos é a
reforma agrária saindo da pauta do governo, com á cooptação de lideranças dos
movimentos populares, fazendo com que esses vivam um período de descenso das
lutas populares.
Por
outro lado o governo tem tido um amplo apoio popular, em grande parte devido há
uma conjuntura interna favorável, e devido às políticas assistencialistas do
governo como Bolsa Família, PROUNI,REUNI entre outros. Nestes quase 09 anos de
governo petista nenhuma mudançaestrutural foi realizada no Brasil, é por isso
que vemos a reforma agrária saindo dapauta do governo e sendo substituídas por
políticas assistencialistas, que não mudaa situação de exploração da classe
trabalhadora, mais apenas maquia umarealidade de extrema exclusão social,
exploração e subserviência ao grande capital.
A
Política de Reforma Agrária deve ser encarada como uma política social, e deve
ser assumida como uma política pública pelo estado brasileiro, que tem tratada a
mesma como uma questão fora de contexto. A reforma agrária é uma política que dá
a possibilidade de emancipação para as famílias que conseguem após longos anos
de luta um pedaço de chão. Pois passam a depender apenas dos seus esforços,
assim é de primordial importância que os assistentes sociais potencializem a
luta pela reforma agrária sendo essa uma política pública emancipatória e não
compensatória.
O
Serviço Social deve por tanto cada vez mais ocupar espaços dentro das
organizações que organizam os trabalhadores em luta pela reforma agrária,
lutando para que ás milhares de famílias que estão acampadas nas margens das
rodovias lutando por um pedaço de chão em uma situação precária possam ter
minimamente seus direito em quanto cidadão, que é de ter acesso apolíticas
públicas fundamentais como educação, saúde entre outros possam ser atendidos.
Ás
milhares de família que estão acampadas sobrevive precariamente, com dificuldade
de ter acesso à educação, mesmo à pública quede qualidade, não tem acesso à
saúde, mesmo a de péssima qualidade que é ofertada pelo estado, acesso a cultura
e lazer também é um privilegio que não é garantido a esses trabalhadores, que
sobrevivem vendendo a sua mão de obra em condições de trabalho precarizado e sem
nenhum direito trabalhista, é por tanto normal ouvirmos falar em trabalho
escravo em pleno século XXI no Brasil.
Há uma crescente criminalização da pobreza,
dos movimentos e de lutadores populares, assim mais uma vez voltamos ao inicio
do século XX onde as expressões da questão social eram resolvidas como caso de
policia e não de política.
A
cada dia vemos o estado brasileiro cada vez mais ausente do seu de verde
elaborar e executar políticas públicas que de fato atendam a necessidade
da população, em contra partida tem feito uma ação militarizada e de
criminalização das minorias em luta por garantia de direito.
É
por tanto fundamental que o Serviço Social como parte do seu compromisso
histórico de construir e apoiar a luta da classe trabalhadora por
sua emancipação seja de fato efetivado, ocupando todos os espaços estratégicos
de construção dessa luta.
Não
só nos espaços públicos onde acabam desempenhando simplesmente o papel de
executor de políticas terminais, em empresas privadas onde desempenham apenas o
papel de um simples mediador de conflitos, que acaba sempre pendendo para o lado
do patrão.
Dessa
forma os movimentos populares verdadeiramente de luta são um espaço fundamental
de atuação do assistente social comprometido com a emancipação da classe
trabalhadora.
Lutar
pela reforma agrária no Brasil e em Goiás é lutar de fato por direito para
milhares de famílias que estão às margens das políticas públicas fundamentais,
para que tenham acesso às mesmas e por garantia de direitos.
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