Somando-se as manifestações
que estão acontecendo em todo o país, neste 31 de março, data que marca os 50
anos do golpe militar no Brasil que derrubou o governo João Goulart
democraticamente eleito e cassou os direitos políticos e as liberdades da
classe trabalhadora. -Torturando, assassinando e desaparecendo com os corpos
daqueles que bravamente ousaram a resistir contra os ditadores que se
apoderaram do poder a serviço do imperialismo norte americano e das elites
conservadora do Brasil.
O movimento popular
tocantinense tomou as ruas do centro da capital com faixas e cartazes nas mãos
para relembrar esse triste período da nossa historia, bem como para repudiar os
crimes cometidos e cobrar das autoridades para que os responsáveis por cometer
tais crimes sejam punidos. Durante a marcha os manifestantes distribuíram
panfletos que resgata um pouco o que foi a ditadura militar no Brasil, em
especial os crimes cometidos pelos ditadores nessa região, a exemplo da
guerrilha do Araguaia. A marcha foi bem recepcionada pela população que em
vários momentos demostrou o seu apoio.
Gritando ditadura nunca
mais, punição aos torturadores, pelo direito a memoria, a verdade e a justiça.
Cadê os desaparecidos, pelo direito de enterrar os nossos mortos. Além dessas
reivindicações os manifestantes também denunciaram os resquícios da ditadura na
nossa sociedade atual – Como a criminalização do movimento popular, a lei geral
da copa, a lei de anistia que não pune aqueles que cometeram crimes durante a
ditadura, e a violência policial. Nesse sentido os manifestantes gritaram pela
desmilitarização da policia militar e em apoio às diversas lutas do movimento
popular no Tocantins -Lutar é direito, não é crime!
O ato em repudio aos 50 anos
do golpe militar de 1964 no Brasil, foi encerrado em frente à assembleia
legislativa, onde os manifestantes fizeram fala em apoio a luta dos movimentos
populares no Tocantins, a exemplo da greve dos professores da rede estadual de
educação, denunciaram a grilagem de terras no estado e exigiram a instalação de
uma comissão estadual da verdade através da comissão de direitos humanos da
assembleia para investigar os crimes cometidos pela ditadura militar no
Tocantins.
Por fim os manifestantes
fizeram um breve balanço da ação e convidaram a todos para participar de uma
reunião de avaliação do ato bem como de planejamento para construção de uma
frente de luta unificada do movimento popular tocantinense no próximo dia 12 de
abril na Casa 8 de Março, ás 08h30.
Participaram dessa ação as
seguintes organizações: Casa 8 de Março, Coletivo de Formação José Porfírio,
ANEL, PSTU, PT-Gurupi, SINTET, Levante Popular da Juventude e Estudantes
Secundaristas.
Pedro
Ferreira Nunes
Coletivo
de Formação José Porfírio
Nenhum comentário:
Postar um comentário