quarta-feira, 2 de abril de 2014

Movimento popular tocantinense realiza ato em repudio aos 50 anos do golpe militar

Somando-se as manifestações que estão acontecendo em todo o país, neste 31 de março, data que marca os 50 anos do golpe militar no Brasil que derrubou o governo João Goulart democraticamente eleito e cassou os direitos políticos e as liberdades da classe trabalhadora. -Torturando, assassinando e desaparecendo com os corpos daqueles que bravamente ousaram a resistir contra os ditadores que se apoderaram do poder a serviço do imperialismo norte americano e das elites conservadora do Brasil.

O movimento popular tocantinense tomou as ruas do centro da capital com faixas e cartazes nas mãos para relembrar esse triste período da nossa historia, bem como para repudiar os crimes cometidos e cobrar das autoridades para que os responsáveis por cometer tais crimes sejam punidos. Durante a marcha os manifestantes distribuíram panfletos que resgata um pouco o que foi a ditadura militar no Brasil, em especial os crimes cometidos pelos ditadores nessa região, a exemplo da guerrilha do Araguaia. A marcha foi bem recepcionada pela população que em vários momentos demostrou o seu apoio.

Gritando ditadura nunca mais, punição aos torturadores, pelo direito a memoria, a verdade e a justiça. Cadê os desaparecidos, pelo direito de enterrar os nossos mortos. Além dessas reivindicações os manifestantes também denunciaram os resquícios da ditadura na nossa sociedade atual – Como a criminalização do movimento popular, a lei geral da copa, a lei de anistia que não pune aqueles que cometeram crimes durante a ditadura, e a violência policial. Nesse sentido os manifestantes gritaram pela desmilitarização da policia militar e em apoio às diversas lutas do movimento popular no Tocantins -Lutar é direito, não é crime!

O ato em repudio aos 50 anos do golpe militar de 1964 no Brasil, foi encerrado em frente à assembleia legislativa, onde os manifestantes fizeram fala em apoio a luta dos movimentos populares no Tocantins, a exemplo da greve dos professores da rede estadual de educação, denunciaram a grilagem de terras no estado e exigiram a instalação de uma comissão estadual da verdade através da comissão de direitos humanos da assembleia para investigar os crimes cometidos pela ditadura militar no Tocantins.

Por fim os manifestantes fizeram um breve balanço da ação e convidaram a todos para participar de uma reunião de avaliação do ato bem como de planejamento para construção de uma frente de luta unificada do movimento popular tocantinense no próximo dia 12 de abril na Casa 8 de Março, ás 08h30.

Participaram dessa ação as seguintes organizações: Casa 8 de Março, Coletivo de Formação José Porfírio, ANEL, PSTU, PT-Gurupi, SINTET, Levante Popular da Juventude e Estudantes Secundaristas.
Pedro Ferreira Nunes
Coletivo de Formação José Porfírio


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