Em junho de 2013 milhares de
jovens tomaram as ruas das principais cidades do Tocantins na luta por direitos
como também contra a política hegemônica que impera no estado. Um dos momentos
mais significativos dessas mobilizações foi com certeza a manifestação em
frente ao palácio Araguaia onde a juventude gritou palavras de ordem contra o
Siqueirismo, mostrando sua indignação com um governo que não atende as
necessidades do povo trabalhador, em especial da juventude. E também a
manifestação em frente à assembleia legislativa – onde os manifestantes deram
as costas para os ditos representantes do povo, que não representam o povo.
É impossível não se
entusiasmar com o frescor e rebeldia de uma juventude que não esta disposta a
viver em um estado dominado por duas oligarquias que se revezam no governo,
atendendo aos mesmos interesses, os interesses da classe dominante, os
interesses da burguesia. Na minha infância cansei de ouvir da população o
argumento de que votavam no Siqueira Campos por que – ele rouba, mas faz.
Infelizmente esse conformismo fortaleceu um grupo político que há décadas
domina o executivo, legislativo e judiciário do Tocantins, que governa para uma
minoria deixando a maioria da população na miséria.
No entanto essa mentalidade
tem mudado, sobretudo por que a juventude trabalhadora tem tomado em suas mãos
o papel de ser protagonista nas lutas populares desencadeada no estado. 19 mil
desses jovens irão às urnas pela primeira vez (segundo dados da justiça eleitoral), muito deles irão sem nenhum
entusiasmo, pois não se veem representados pelas organizações políticas
tradicionais – que em vez de potencializar, castra os sonhos desses jovens.
Mesmo assim, muito desses
jovens irão às urnas e votaram. Cabe por tanto as organizações revolucionarias
disputar a consciência desses jovens, para que estes fortaleçam as candidaturas
populares que lutam pelos direitos da classe trabalhadora e contra o
capitalismo. Mas para tanto é fundamental que esses jovens sintam-se
representados nessas candidaturas e não apenas se sintam representados, que
possam também fazer parte dessas candidaturas.
A juventude é com certeza um
dos segmentos que mais sofrem com as mazelas políticas que impera no Tocantins
– serviços públicos de péssima qualidade, falta de políticas públicas
especificas para juventude e oportunidades, ao contrario, em vez de atender os
anseios da juventude trabalhadora, criminalizam suas lutas. É, portanto
importante que as candidaturas populares assumam as bandeiras de luta da
juventude trabalhadora. As candidaturas da esquerda devem ter um caráter de
formação para despertar a consciência dessa juventude para necessidade de se
organizar e lutar para mudarmos a situação política, econômica e social no
Tocantins.
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