Ernesto
“Che” Guevara
Não
foi nenhuma novidade a aprovação pela câmara dos deputados do
processo de impeachment contra Dilma Rousseff. Ora, desde as eleições
de 2014 a esquerda como um todo faz uma caracterização de que temos
uma da legislatura mais conservadora da história. E ainda por cima
com o desmoronamento da base aliada do governo. Esperar outro
resultado é ingenuidade demais. Nesse sentido que não esperem outro
resultado diferente do processo no senado se não o impeachment de
Dilma e a saída do PT do governo;
Michel
Temer já articula abertamente a composição do futuro governo e os
ataques aos direitos dos trabalhadores continuaram e serão
aprofundados através de politicas como o ajuste fiscal, a reforma da
previdência, o aprofundamento dos cortes no orçamento de gastos com
programas sociais, a paralização da reforma agrária e o retrocesso
aos direitos dos povos tradicionais. Com Temer voltaremos a logica
neoliberal, que já vem sendo implementado por Dilma desde seu
primeiro mandato, mas agora sem nenhuma mascara. Tal fato, somado com
a saída do PT do governo fará com que a direita recue das
manifestações e mobilizações que tomaram as ruas no ultimo
período – tendo como foco principal o impeachment de Dilma.
Para
nós da esquerda não há alternativa, ou nos unificamos e
resistimos, ou deixamos de existir. Existir, pelo menos como um
segmento que de fato conte nesse país. Mas ao contrario do que pode
parecer, e do que acredita alguns setores da esquerda, nós do
Coletivo José Porfírio temos convicção de que temos total
condição de reverter nas ruas e na luta a onda conservadora que
avança no Brasil. Claro que isso dependerá da nossa capacidade de
articulação, organização e mobilização para o próximo período.
E
nesse sentido nos somamos às organizações de luta da classe
trabalhadora que levantam a palavra de ordem pela cassação de Dilma
Rousseff, Michel Temer, Eduardo Cunha e Renan Calheiros, e, sobretudo
pela realização de novas eleições. Pois é fato que nenhum desses
tem legitimidade para assumir a presidência do país. Já que todos
estão envolvidos diretamente em casos de corrupção. Porém temos
convicção que isso só acontecerá se a esquerda tiver capacidade
de articular uma greve geral no país. Só através de uma greve
geral teremos condições de inviabilizar o governo Michel Temer e os
ataques aos direitos dos trabalhadores. E assim forçar a convocação
de novas eleições.
Eis
ai as principais palavras de ordem da esquerda no próximo período –
por uma greve geral e a realização de novas eleições! É
da nossa capacidade de realizar uma greve geral no país que esta a
sobrevivência da esquerda como um segmento que de fato conte no
Brasil.
Nós
do Coletivo José Porfírio temos convicção de que são boas as
perspectiva para que a greve geral (que defendemos já há algum
tempo) saia do papel. Sobretudo com a queda de Dilma Rousseff e a
saída do PT do governo. Pois é fato que as organizações que fazem
parte da “frente Brasil popular” não terão a mesma postura
diante de um governo pemedebista. Até por que é uma questão de
sobrevivência do PT e do PC do B assumirem uma postura de esquerda –
tal como organizações como CUT, CONTAG, CTB, UNE e MST.
Temos
nossas diferenças com essas organizações, mas não acreditamos que
seja o momento de fazer balanço, ou ficar brigando entre nós.
Aliás, uma lição que temos de tirar do processo de impeachment de
Dilma é a capacidade de unidade da direita quando esta em questão a
defesa dos seus interesses. Por tanto é fundamental construirmos a
unidade da esquerda em torno da bandeira por uma greve geral e novas
eleições se não seremos massacrados na próxima conjuntura.
Pedro
Ferreira Nunes
Pelo
Coletivo José Porfírio
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