Recentemente
veio a público uma denúncia do Ministério Público Estadual a
cerca da doação de lotes pela prefeita Márcia Reis (PSD) em troca
de apoio politico a atual gestão e ao candidato da situação nas
próximas eleições. Segundo a denúncia a doação de lotes fora
feito sem a aprovação da câmara municipal de vereadores – o que
torna o ato ilegal.
No
entanto, será que se a prefeita encaminhasse tal projeto de doação
de áreas públicas para a câmara de vereadores teríamos um
resultado diferente? Muito provavelmente não, pois á maioria dos
vereadores faz parte da base de apoio à gestão da prefeita Márcia
Reis. E o que se sabe é que estes vereadores foram beneficiados
diretamente no recebimento dessas áreas.
Aliás,
deveria ser papel da câmara de vereadores fiscalizar e investigar os
desvios do executivo municipal, incluindo a doação de lotes de
forma ilegal. No entanto não vemos nenhuma disposição do
legislativo lajeadense nesse sentido. Tanto que desde 2013 o Coletivo
José Porfírio vem denunciando esses crimes, como também encaminhou
oficio solicitando audiência pública para discutir essa questão,
mas que, no entanto não obteve nenhuma resposta.
Para
nós do Coletivo José Porfírio a realização de uma audiência
pública com a presença de representantes da prefeitura e do
Ministério Público Estadual. Seria necessária para esclarecer os
critérios estabelecidos para doação de áreas públicas – a
realidade socioeconômica das famílias contempladas e se elas de
fato têm necessidade. Diante disso ficaria claro qual o real
objetivo por trás da doação dessas áreas – que, aliás, algumas
deveriam ser de proteção ambiental.
Já
que a câmara de vereadores de Lajeado não tem nenhuma independência
em relação ao executivo municipal. Ao contrário, atua de forma
omissa e conivente com os desvios da atual gestão. Esperemos que o
Ministério Público cumpra o seu papel e continue a investigação
como também o processo para punição de todos os envolvidos nos
desvios de recursos públicos.
Não
é a primeira vez que vem a tona esse tipo de denúncia de lapidação
do patrimônio público contra a gestão da prefeita Márcia Reis.
Tanto que recentemente o Ministério Público Estadual encaminhou
pela segunda vez um pedido de afastamento da prefeita e o
congelamento dos seus bens. Da primeira vez, após uma decisão
favorável da justiça pelo afastamento e congelamento dos bens da
prefeita, sua defesa recorreu e ela continua a frente do executivo
municipal. Fato que muito provavelmente se repetirá no atual
processo, sobretudo conhecendo a velocidade com que funciona a
justiça tocantinense – sobretudo para punir os poderosos.
Para
nós do Coletivo José Porfírio a única alternativa diante dessa
questão é a mobilização popular para pressionar a câmara de
vereadores e a justiça estadual para que os desvios da atual gestão
sejam punidos. É inadmissível a doação de áreas públicas em
troca de apoio politico. O patrimônio público pertence a todo o
povo lajeadense e não pode servir de moeda de troca.
Por
fim nós do Coletivo José Porfírio conclamamos;
- Pela anulação imediata pela justiça da doação de forma ilegal de áreas públicas;
- Por uma CPI na câmara de vereadores para investigar as doações ilegais de áreas públicas.
- Pela elaboração de um projeto de reforma urbana, com debates em audiências públicas na câmara de vereadores para ocupação das novas áreas de expansão urbana em Lajeado.
Pedro
Ferreira Nunes
Pelo
Coletivo José Porfírio
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