terça-feira, 27 de setembro de 2016

Breves comentários sobre as eleições municipais em Lajeado: Sem meias palavras ou breve como um soco no estômago!


Por Pedro Ferreira Nunes
Camaradas, não dá mesmo para ignorarmos totalmente as disputas eleitorais das eleições municipais. Ainda mais se você vive no interior e o que predomina é um clima de disputa de torcida organizada – de clássico de futebol domingueiro. Assim não tem como ficarmos alheios a esse processo e não comentar mesmo que brevemente algumas questões a cerca da campanha de alguns candidatos. Imagino que vocês devem estar cansados das minhas criticas. Aliás, não é raro ouvir dizer – esse cara é muito critico. Mas ti juro, não é culpa minha, eu até que tento ser menos duro. Mas são eles que não me ajudam – é cagada em cima de cagada. Ai não me seguro e desço o porrete. Então vamos lá, no melhor estilo punk rock – breve como um soco no estômago e sem meias palavras.
É pra mudar ou pra ficar como esta?
Em Lajeado o candidato da situação Drº Tercio (PSD) se apresenta com o slogan – É pra mudar Lajeado. Ora mais ele representa justamente o projeto politico que há oito anos governa o município. E inclusive tem como principal cabo eleitoral a atual prefeita Marcia Reis (PSD). Como também toda a sua base de apoio é composta de secretários e assessores da atual gestão. Logo, meus caros camaradas, não se iludam. Não é pra mudar Lajeado, mas sim para ficar como esta.
É pra avançar ou retroceder?
O nome da coligação Fé, Família e Trabalho encabeçada por Junior Bandeira (PSB) falar por se só. E não há nada de avanço, pelo contrario, o que se propõem é um retrocesso – o retorno de um grupo que já esteve por oito anos à frente da gestão municipal de Lajeado. Apoiado pelas famílias tradicionalistas e mais conservadoras de Lajeado eles propõem moralizar a cidade. No entanto se conseguirem retomar as rédeas da politica local, não faram muito diferente do que o atual grupo faz e do que eles fizeram no passado.
Um novo tempo ou transformar Lajeado em um parque de diversões
Espero que o tão almejado Novo tempo anunciado pelo Jaime (PMDB) candidato do governo Marcelo Miranda a prefeitura de Lajeado não seja o novo tempo inaugurado pelo atual governador do Estado – que até o momento tem como marca o aumento de impostos em cima da população e de greves no funcionalismo público por melhores condições de trabalho e salários. Uma coisa é fato, Jaime tem sido o único candidato a apresentar um programa e projetos que pretende desenvolver no município – um tanto melomaníacos – que se saírem do papel transformará a cidade em uma espécie de parque de diversões. É tudo justamente o que Lajeado não precisa.
Laranja. Quem vai querer?
Um candidato que não diz a que veio. Que a população não sabe de onde é e para onde vai. Ou o que pensa ou o que deixa de pensar. No fundo não passa de um candidato laranja. E é isso exatamente que é a candidatura de Luiz Carlos do PMN a prefeitura Municipal de Lajeado. Uma candidatura laranja que nem fede e nem cheira, que não “infroi e nem contriboi”, como diria o avô de um amigo meu, para uma campanha de alto nível no município.
Aviso aos navegantes – Vereador não é prefeito.
Tem vereador prometendo construir várias obras no município – de parques a empresa, de ruas a casas populares. Além é claro na promessa de uma infinidade de programas. Esses candidatos estão um tanto equivocados quanto ao papel de um vereador. Ora o papel de planejar e executar obras e projetos – é do executivo e não do legislativo. Logo era melhor que se candidatassem a prefeito e não a vereador ou então estudar qual o papel de um vereador antes de sair prometendo o que não irá cumprir.
Pula-pula
Não há como não comentar a postura de alguns candidatos que ficam pulando de um lado para o outro. Tal postura não mostra outra coisa se não oportunismo. Isso mesmo, não dá para classificar de outra coisa se não de oportunista os candidatos que ficam pulando de um lado para o outro. Sempre buscando o seu próprio beneficio, olhando para o seu próprio umbigo. Ora não há nenhuma duvida de que se figuras como essas forem eleitas – não faram outra coisa se não o que lhes convém. Por tanto o melhor a se fazer é cortar os galhos para que eles não tenham para onde pular.
Mudar é preciso! Mas como?
É camarada – o quadro de fato não é animador. Aliás, nem um pouco. Independente de quem ganhar não teremos grandes mudanças no município. Voltar ao passado ou ficar como esta? Ficar como esta ou mudar sem mudar? Eis as opções que se apresentam diante de nós. Ficar como esta não dá. Tanto que todos os candidatos se apresentam como “o novo”. Incluindo o candidato da situação – o candidato da atual prefeita. Mas novo de fato não há nada. Por tanto o que deve mudar, sobretudo é a nossa postura enquanto cidadãos diante das futuras administrações.
Não é através do voto que mudamos a historia, mas sim através da luta!
Não tenha duvida disso camarada – é o que nos mostra a história. Com isso não estou dizendo para que você vote em branco ou anule o seu voto. Pois independente de você votar ou não alguém será eleito. Ora a legislação eleitoral foi feita para isso. Também não estou querendo dizer que com isso você deva votar de qualquer jeito ou em qualquer um. Não camarada o que quero deixar claro é que em independente de quem for eleito é a capacidade de organização e mobilização do povo que fará com que as mudanças aconteçam de baixo para cima e não de cima para baixo.

A classe dominante reduz a política ao processo eleitoral. Mas política é mais do que votar; é conquistar o poder para decidir o rumo do país. O movimento político é formado por pessoas conscientes da luta popular que descobrem a raiz da exploração e organizam sua ação para transformar a sociedade capitalista. Essa gente entendeu que, sem mudar a sociedade, dividida entre exploradores e explorados, o povo vai continuar sendo oprimido”.
Ranulfo Peloso

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