Dia 30 de junho a classe trabalhadora cruzará os
braços mais uma vez em todo país para derrotar as reformas do desgoverno Temer.
E nós do Coletivo José Porfírio apoiamos incondicionalmente a greve geral e
conclamamos a todas as organizações dos trabalhadores no Tocantins a se somarem
ao movimento.
A última greve geral mostrou a nossa capacidade de
articulação quando fizemos manifestações em mais de 100 cidades tocantinenses –
com destaque para as mobilizações em Palmas, Porto Nacional, Araguaína e
Miracema – um fato inédito na história do Tocantins. Á nível nacional a greve
também foi vitoriosa conseguindo paralisar totalmente o país – apesar de todo o
bloqueio da mídia e do desgoverno Temer tentado deslegitimar o movimento.
Não tínhamos nenhuma ilusão que com uma greve geral
de um dia conseguiríamos derrotar as reformas e derrubar o desgoverno Temer.
Portanto a importância maior da greve geral de abril foi mostrar a nossa
capacidade de reação a estes ataques. Quanto a isso não há duvida – a nossa
capacidade de resistir e lutar cresce a cada dia. Seja no campo, seja na cidade
– operários, camponeses e estudantes perceberam que só com luta podemos
reverter os ataques aos nossos direitos.
Agora estamos em outro patamar, o desgoverno Temer
já não existe – respira por aparelhos e cabe a nós desliga-los. Até mesmo
setores da burguesia perceberam isso e tentam se desfazer dos anéis para manter
os dedos. Isto é, tentam se livrar de Temer para garantir que as reformas
avancem no congresso nacional. Porém estas também perderam força. E quanto mais
tempo passa, mais difícil será para aprova-las, sobretudo porque deputados e
senadores estão mais pensando na sua sobrevivência do que em aprovar reformas
que são amplamente rejeitadas pela população.
No entanto isso não quer dizer que já vencemos a
batalha. É preciso continuar lutando incansavelmente para enterrar
definitivamente essas reformas como também o desgoverno Temer que tenta reagir
mesmo sem nenhuma condição para tanto. A Greve Geral dia 30 de Junho será
decisiva dai a importância de todas e todos participarem do movimento,
construindo uma mobilização histórica, maior do que fora a greve de abril.
O momento histórico exige de nós toda dedicação e
sacrifício – força e coragem na luta pela transformação da sociedade. Com o
exemplo e a coragem dos camaradas que há 100 anos atrás fizeram a primeira
greve geral no país e dos camaradas que abalaram o mundo na Rússia, sigamos sem
vacilar. Aliás, não há homenagem melhor nesse centenário da Revolução Russa que
manter acesa a chama da luta pela emancipação da classe trabalhadora. Portanto,
vamos lá, dia 30 de junho mais uma vez mostrar para as elites oligarcas desse
país “que se não podem se vestir com nossos sonhos, não falem em nosso nome”.
Pedro Ferreira Nunes
Pelo Coletivo José Porfírio
Casa da Maria Lúcia.
Lajeado-TO, Lua Minguante – Verão de 2017.
Cada camarada que
se opõe a ditadura militar e deseja resistir fazendo alguma coisa, mesmo
pequena que a tarefa possa parecer. Eu desejo que todos que leram este manual e
decidiram que não podem permanecer inativos, sigam as instruções e juntem-se a
luta agora. Eu solicito isto porque, baixo qualquer teoria e qualquer
circunstâncias, a obrigação de todo revolucionário é fazer a revolução.
Manual
do Guerrilheiro Urbano, Carlos Marighela.
Nenhum comentário:
Postar um comentário