Foto: Daniel Andrade |
A bike está presente no meu dia a dia como meio de transporte, sobretudo para ir ao serviço – as vezes utilizo para fazer cicloturismo. Já para atividade física prefiro a corrida. O que não é muito comum por aqui – onde utilizam a bike para fazer atividade física e no dia a dia o automóvel. Aliás é uma questão para ser estudada, como uma cidade tão pequena tem uma cultura do automóvel, tão forte. Eu até compreendo a utilidade do carro para resolver algo fora da cidade. Mas aqui no dia a dia? Vai entender.
Lá íamos nós – sem afobação, sem pressa de chegar. Aprendi na corrida que não podemos ficar pensando na chegada por que o risco de bater o desânimo é considerável. Devemos seguir um passo de cada vez e a partir daí a chegada será uma consequência. Nesse contexto a música é uma importante aliada – me relaxa e fortalece. E aquela paisagem pedia um Creedence.
Pense numa paisagem bela. E vê-la de um ângulo novo é como se estivéssemos vendo pela primeira vez. Bem que o Joatan comentara numa conversa informal sobre quanta beleza tinha atrás da Serra. A gente mora aqui há tanto tempo, acha que conhece tudo, mas não tem noção das riquezas que essa Serra esconde.
Falando em Joatan, foi ele que me convenceu, juntamente com o Professor Raimundo, a participar daquele pedal (Junta Tribo) – um evento que já está na sua sexta edição. Mesmo sem nunca ter participado, eu sempre gostei do Junta Tribo. Por se tratar de um evento diferenciado. E eu acredito que Lajeado precisa desse tipo de evento que valoriza as suas riquezas naturais.
Joatan nos relatou que o evento começou pequeno, juntando alguns entusiastas do ciclismo de Lajeado, Tocantinia e Miracema. Aliás, é daí que vem o nome junta tribo, pois a ideia era juntar as tribos do pedal dessas três cidades. Hoje o evento já ultrapassou as barreiras do Tocantins atraindo ciclistas de outros Estados. E a tendência é atrair cada vez mais gente. Por que o lugar é encantador. E a organização do evento, com o apoio de parceiros, faz um trabalho muito competente.
“Chupa essa”. A plaquinha carinhosa anunciava que não vinha coisa boa pela frente. Pense numa subida!!! E não era a pior. O que iríamos descobrir logo mais ao nos deparar com outra plaquinha escrita “chupa mais essa”. Essas duas subidas foi o momento de separar as crianças dos adultos. Antes uma parada para tomar uma água. Então, segui deixando uma galera para trás.
Chegamos no topo do Morro do Lual. Agora tínhamos pela frente um trecho um tanto tranquilo em relação ao que havíamos acabado de encarar. Aproveitei para voar embalado pelo CPM22. No entanto a empolgação durou pouco. Algumas decidas exigia cuidado, e agora qualquer subida, por menor que fosse, era um obstáculo enorme diante das forças reduzidas. O momento pedia Sepultura, e assim avançamos.
De repente cheguei num trecho que não me era desconhecido. Mas pensei comigo: - Não pode ser. A gente entrou por lá, não tem como sair por aqui. Mais adiante o Professor Raimundo, que estava num ponto de apoio, me informou ao questiona-lo onde estávamos: - logo ali na frente é o Morro do Leão. Fiquei surpreso e sem entender como tinha chegado ali. Mas tinha chegado e isso significava que não estava muito longe do destino final. Isso me deu até animo para dá uma acelerada. Nem parei no último ponto de apoio. Peguei um copo d'água e segui embalado pelos Engenheiros do Havaí: “O céu é só uma promessa. Eu tenho pressa, vamos nessa direção...”
Foto: Daniel Andrade |
Por Pedro Ferreira Nunes – Um rapaz Latino Americano, que gosta de ler, escrever, correr e ouvir Rock n roll.
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