domingo, 15 de janeiro de 2023

E vamos nós – Poema: Pouso das Araras

Mais um ano. Mais um ano por aqui. Como diria o saudoso António Abujanra continuamos navegando no incerto e cotivando a dúvida. Acho que já falei isso. Mas é sempre bom reafirmar. Recentemente alguém comentou em um post que havia gostado muito de ter encontrado um blog ativo em pleno 2022. De fato não é tão comum. Há um bom tempo que a moda dos blogs passou. Aliás quando criei este já estavam em descenso. Mas como nunca me preocupei com números ou modismos, isso não foi motivo para que eu deixasse de manter o meu atualizado. E assim tenho feito nesses últimos 11 anos. Isso, mesmo – 11 anos de existência. E continuamos por que o prazer e a necessidade de escrever só aumenta. Por tanto o que não falta é conteúdo para alimenta-ló. 

Comecemos 2023 com poesia. Este poema foi escrito em meados de 2022. Chama-se pouso das araras. Leva o nome do lugar onde tive a inspiração de escreve-ló – uma pousada sustentável localizada na Serra do Lajeado região da Comunidade Pedreira (Zona Rural do município de Lajeado). A qual tivemos o privilégio de conhecer numa aula campo de um projeto de educação ambiental realizado pela Área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas do CENSP-Lajeado. Lembro que encantado com o local sentei num cantinho e comecei a rascunhar os versos no meu tablet. Quando cheguei a tarde em casa dei uma lapidada final e pronto. Eis ai o resultado:


Pouso das Araras

Baby, se tu soubesse 
Como a vida é cara.
Não perderia tempo
Remoendo mágoas. 

Baby, se tu soubesse 
Como a vida é cara. 
Jogava fora o ansiolítico
E uma bike comprava.

Baby, se tu soubesse 
Como a vida é cara.
Desligava o celular 
E aos gregos se apegava.

Baby, se tu soubesse, 
Como a vida é cara.
Fugiria comigo
Lá pro pouso das araras.

Pedro Ferreira Nunes - Comunidade Pedreira. 03 de Junho de 2022.



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