*Por Pedro Ferreira
O dia 17 de fevereiro de
2013 entrará para a historia como o dia em que militantes socialistas
comprometidos com a luta da classe trabalhadora pelos seus direitos usurpados
historicamente. Se encontraram em Palmas, capital tocantinense para retomar a
construção do Partido Socialismo e Liberdade – PSOL no Tocantins.
Militantes do movimento
sindical e popular, dos direitos humanos, das causas indígenas das mulheres,
da juventude, dos sem terra e sem teto, da educação entre outros. Debateram a
cerca da conjuntura nacional e estadual
bem como da necessidade da construção de um instrumento político de esquerda
para fortalecer a luta dos trabalhadores e trabalhadoras tocantinense pelos
seus direitos.
Após fazer um balanço da atuação do partido no ultimo período no estado e da necessidade de ter um um partido não apenas para disputa
eleitoral, mas sobretudo inserido no movimento popular com os sem terra, sem teto,
desempregados, as mulheres, a juventude, os negros , LGBTs, indígenas
servidores públicos, operariado entre outros. Nesse sentido tirou –se uma nova
direção que terá a missão de juntamente com toda a militância do partido no
estado, reorganiza-lo até o congresso estadual.
O
desafio de construir um partido de esquerda em um estado com uma forte tradição
coronelista e paternalista
Não é fácil a construção de
um partido assumidamente de esquerda e socialista (não apenas no discurso),
comprometido unicamente com as causas populares. Sobretudo em um estado onde o
coronelismo e as políticas paternalista e assistencialistas impera. Tendo a sua
força política majoritariamente na concentração de terra, na cooptação de
lideranças populares, criminalização e perseguição da oposição.
Nesses 24 anos de fundação
do Tocantins, 12 deles tendo o siqueirismo a frente, sendo que o poder revesa
nas mãos ora do siqueirismo ora dos latifundiários do PMDB. Que na prática
desenvolvem a mesma política paternalista e coronelista.
Por tanto será um grande
desafio organizar-se para lutar contra essa estrutura política e social
enraizada no Tocantins. No entanto o PSOL desde sua fundação no estado, nunca
teve em uma situação tão favorável de consolidar-se e fortalecer-se como
alternativa real para potencializar e fortalecer as lutas da classe
trabalhadora tocantinense.
Bernadete Aparecida Ferreira Feminista, educadora popular, e militante dos movimentos
populares é a nova presidente do PSOL – TO
Pioneira do movimento
feminista no Tocantins e a 15 anos a frente da Casa 8 de Março, instituição que
atua na luta pelos direitos das mulheres, além de uma intensa militância no
movimento popular a nível nacional.
Bernadete Aparecida
Ferreira que também é fundadora do PSOL no Tocantins, assumiu a tarefa de
conduzir o partido no estado neste próximo período, com o compromisso de
implementar as decisões frutos do debate e deliberações coletivas, bem como de
buscar atrair para as fileiras do partido mais militantes e ativistas das causas
populares no estado.
PSOL
Tocantins – A ousadia é existir!
Com ousadia e determinação o
PSOL existe no Tocantins, no entanto não basta apenas existir, pois como bem
coloca Manoel Thiago no seu romance ‘Até Amanhã, Camaradas’. “ O partido não é
um fim em si, se as organizações existem e desconhecem os problemas vivos dos
trabalhadores, se estão afastadas das massas, se não as esclarecem e orientam,
se não sabem encontrar as formas de
organizar e conduzir á luta, para que serve de fato.”
Por tanto eis ai a tarefa
fundamental do PSOL no Tocantins, se organizar de forma a se tornar uma
alternativa real para a classe trabalhadora tocantinense tão escravizada,
explorada e manipulada. Sendo assim, que o sol de novos tempos possam brilhar
no nosso querido Tocantins.
Nova
direção do PSOL – Tocantins
Presidente: Bernadete Aparecida Ferreira
Vice presidente: Lucia Viana
Secretario Geral: Luzimar Lopes
Tesoureiro: Yuri Viana
Secretario de Comunicação: Celso Marques
Secretario de Formação: Antonio Chadud
Secretario de Movimentos Sociais: Oebem Barbosa
“Se
o presente é de luta, o futuro nos pertence.” Che Guevara
*Pedro
Ferreira é tocantinense de Miracema,
marxista revolucionário e militante do Partido Socialismo e Liberdade.