terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Não vou me adaptar: Algumas palavras sobre a despedida do grande Rogério Ceni

Essa frase da canção composta por Arnaldo Antunes foi à primeira coisa que me veio à cabeça quando vi pela televisão o jogo de despedida do maior ídolo da nação são-paulina de todos os tempos – o grande Rogério Ceni. Sinceramente não sei se conseguirei me adaptar a ver os jogos do São Paulo sem o nosso ídolo maior defendendo nosso gol e liderando nosso time. Não, já mais vou me adaptar a isso.

Comecei a torcer pelo São Paulo nos idos de 1993 quando ainda tínhamos o grande Zetti defendendo a meta são-paulina. Mas de fato comecei a acompanhar os jogos do time e a me envolver mais intensamente a partir de 1998, quando quem já brilhava no nosso gol era o nosso ídolo maior – Rogério Ceni. E assim cresci vendo os jogos do São Paulo com ele defendendo nossa meta, fazendo os seus gols e liderando magistralmente o time tanto dentro como fora de campo.

Nunca tive a oportunidade de vê-lo jogando ao vivo, mesmo de longe vibrava e me emocionava com suas defesas espetaculares, mas sobre tudo com seus gols. Pois para mim uma vitória do São Paulo era sempre boa, mas se fosse com um gol do Rogério Ceni de falta, então era especial.

No próximo ano o São Paulo entrará em campo novamente, mas será um ano diferente destes últimos 18 anos em que tínhamos Rogério Ceni como nosso goleiro titular. E não será fácil para mim e para toda uma geração de são-paulinos que cresceu vendo o tricolor paulista tendo este mito dentro de campo assistir aos jogos da próxima temporada. Não será fácil ver o tricolor paulista em campo sem o nosso ídolo maior em ação defendendo a meta são paulina, fazendo seus gols e liderando com maestria o nosso time.

É obvio que o nosso amor pelo São Paulo continua, mas sempre que o time entrar em campo sem o Rogério Ceni será como se uma parte importante nossa estivesse faltando. Uma parte que é simplesmente impossível de recompor, por mais brilhante que seja o seu substituto, já que é impossível substituir alguém que é insubstituível, sobretudo em nossos corações.

Não vou falar aqui dos números da sua carreira, dos seus feitos históricos, das suas defesas espetaculares, dos seus gols inesquecíveis. Disso todo mundo sabe bem. Quero apenas deixar aqui esta singela homenagem em formas de palavra em agradecimento a tudo que ele nos deu – a tudo que ele representa e continuará representando.

E dizer que para nós são paulinos ele é imortal, o melhor entre os melhores goleiros do mundo, o melhor entre os melhores batedores de falta, o melhor entre os melhores lideres fora e dentro de campo – Rogério Ceni é ídolo, é espetacular, é insubstituível. Rogério Ceni é mito.


Pedro Ferreira Nunes é poeta e escritor tocantinense.

Nenhum comentário:

Postar um comentário