- E então, é sério com o Lucas?
- Não sei ainda. Estamos nos conhecendo.
- Tá certa. Tem que ir com calma mesmo para não se decepcionar depois.
- Então, né?! Já não sou tão jovem. Tenho duas filhas. Quero um relacionamento sério. Quero uma família.
- É difícil encontrar alguém de confiança. Já quebrei muito a cara. Perdi a confiança nos homens. Não quero mais isso para mim. Pelo menos não por enquanto.
- Nossa. O que aconteceu?
- Traição, enganação, perda de confiança, desrespeito. Enfim, deixa para lá. É melhor nem lembrar.
- Eu conheci uma pessoa muito especial. Acho que seria um excelente companheiro. Mas...
- O que aconteceu?
- Eu enxergava ele como amigo. Pelo menos foi isso que disse para ele. No fundo acho que era medo.
- Que merda, ein?!
- Era praticamente o sonho de toda mulher. Não era feio. Era Inteligente, trabalhador, cuidadoso, muito respeitador.
- E você nem tentou? Nem deu uma chance? Quem sabe a amizade não se traformaria em amor. Acho que é mais fácil um relacionamento em que a gente vai se envolvendo aos poucos, ao invés desses que a gente se entrega de cara.
- Eu fiquei muito balançada. Ele se declarou para mim. Me pediu em namoro. Mas...
- E não é possível voltar atrás? Pelo jeito que você fala dele teus olhos brilham mais do que quando você fala no Lucas.
- Não. Ficou no passado. Na minha vida anterior.
- Ah. Lá de onde você morava.
- Sim. Não passava na minha cabeça que ele pudesse se interessar por mim. Sempre foi muito atencioso. Mas era assim com todo mundo. Não me acho bonita, mãe de duas filhas. Todos os caras que se aproximavam de mim era interessado em aventura, em sexo. Ele não. Me pediu em namoro sem que tivéssemos qualquer tipo de intimidade. Muito cavalheiro.
- Talvez fosse uma espécie de Dom Juan. Queria apenas ti conquistar. Depois de ti conquistar perderia o interesse.
- Não!!! Será?
- Talvez você deu foi sorte. Escapou de uma boa. Ia Sofrer horrores por ele.
- Será? Prefiro achar que não. De qualquer forma já era.
- É a vida. Não era para ser. Quem sabe você é o Lucas dão certo.
- É. Mas não tô criando expectativa. Deixa rolar.
- É o melhor a fazer.
Terminaram de tomar a cerveja, pediram a conta, se despediram e seguiram cada uma para sua casa.
Por Pedro Ferreira Nunes – um rapaz latino americano que gosta de ler, escrever, correr e ouvir Rock in roll.
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