domingo, 15 de setembro de 2024

Poema: Pedreira



Para o Professor Flávio 

Pedreira, ei de ti cantar
recordando os velhos tempos.
Refúgio de dias nublados 
inesquecíveis momentos. 

Depois do fim de um relacionamento, 
de uma crise existencial. 
Respirar um ar diferente 
era fundamental. 

Daí não pensei duas vezes
quando um amigo me convidou.
Parti para Comunidade Pedreira 
um lugar acolhedor. 

Pedreira, ei de ti cantar
recordando os velhos tempos.
Refúgio de dias nublados 
inesquecíveis momentos. 

Lembro quando a tarde
saíamos para caminhar.
Encontrávamos uma morena
varrendo o terreiro do bar.

A noite seguiamos 
para a escola JK.
Depois dávamos uma esticada
até o orelhão do lugar. 

Pedreira, ei de ti cantar
recordando os velhos tempos.
Refúgio de dias nublados 
inesquecíveis momentos. 

Educação era nossa obsessão 
ficávamos a debater.
Por que não se avança?
o que era preciso fazer?

E assim os dias passavam
eu até me esquecia.
Da morena tatuada 
que roubara minha alegria. 

Pedreira, ei de ti cantar
recordando os velhos tempos.
Refúgio de dias nublados 
inesquecíveis momentos. 

Agora depois de tanto tempo 
quando passo nesse lugar.
Me recordo daqueles dias,
que ia me refugiar. 

Pedreira, querida Pedreira 
quase 20 anos se passou.
Você já não é a mesma 
o mesmo eu não sou.

Alguma coisa ficou
lembranças daqueles dias.
Que você me acolheu
e devolveste minha alegria. 

Pedreira, ei de ti cantar
recordando os velhos tempos.
Refúgio de dias nublados 
inesquecíveis momentos. 

Pedro Ferreira Nunes. Comunidade Pedreira. Lajeado -TO. 23 de Outubro de 2022.


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