Viemos por meio desta
repudiar com veemência o despejo de famílias sem teto de prédios inacabados do
programa ‘minha casa, minha vida’ por parte da prefeitura municipal de Palmas.
Sobretudo pelo fato da atual gestão comandada pelo prefeito Carlos Amastha (PP)
ignorar totalmente a pauta de reivindicações das famíliasdos sem tetos que
legitimamente lutam pelo direito a moradia.A postura da atual gestão mostra
muito bem como é o enfrentamento ao déficit habitacional
na capital. Como caso de policia e não de politica.
As famílias foram
despejadas e não obteve por parte da prefeitura nenhuma garantia como, por
exemplo, pagamento de aluguel social ou a construção de um alojamento
provisório para as famílias que não tem para onde ir. Ao contrario, a gestão
municipal lavou as mãos, dando um recado claro de que não esta nem ai si as
famílias forem morar de baixo da ponte. Pois quando se recusa a pagar aluguel
social ou apresentar alternativas para famílias que não tem onde morar e não
tem condições de pagar aluguel é o mesmo que manda-las morar de baixo da ponte.
O fato também de que os
prédios do programa ‘minha casa, minha vida’ que deveriam servir para atender
parte das famílias que não tem moradia na capital ainda estarem inacabados (as
obras começaram na gestão anterior) também mostra como é tratado a questão do
combate ao déficit habitacional em Palmas. Enquanto isso na câmara municipal os
vereadores da base do prefeito defendem lei aprovada na gestão do então
prefeito Raul Filho que doou áreas públicas para construção de igrejas – com o
argumento que tal medida atende a interesses sociais.
Infelizmente não vemos
por parte dos senhores vereadores à mesma disposição em atender as famílias sem
teto que reivindicam áreas para construção de moradias populares. Aliás, áreas
públicas e privadas que servem para especulação imobiliária na capital deveriam
ser desapropriadas em nome de interesse social para construção de moradia
popular e, por conseguinte combater o déficit habitacional.
Mas não temos nenhuma
ilusão que leis que combata o déficit habitacional e a especulação imobiliária serão aprovadas
pela gestão do prefeito Carlos Amastha e muito menos pela atual câmara de
vereadores. Pelo menos não sem organização e luta do movimento sem teto com o
apoio das demais organizações da classe trabalhadora tocantinense.
Por fim terminamos nos
solidarizando com as famílias de sem teto que foram despejadas e damos o nosso
apoio incondicional a luta das mesmas pelo direito legitimo a moradia. Não
aceitemos com naturalidade o fato da gestão municipal ter lavado as mãos e
ignorado totalmente as reivindicações das famílias. E a resposta dos movimentos
deve ser com lutas e com mais ocupações.
“Quando morar é um privilegio, ocupar é um dever”.
Coletivo
José Porfírio
Lajeado-TO,
15 de abril de 2015.
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