Sim, esse ano teremos a terceira edição da Feira Literária de Porto Nacional. Será 100% digital devido o momento que estamos passando em decorrência da pandemia de COVID-19. Mas o fato de ser digital não tira a sua importância ao divulgar, promover e incentivar a produção literária em geral, e em especial a que é produzida no Tocantins .
Essa edição 100% digital da FLIP – Portuense abre novas possibilidades – certamente por meio virtual um maior número de pessoas terão acesso às palestras, apresentações, discussões e lançamentos de obras. E essa possibilidade de um maior alcance é importante para todos os envolvidos, mas sobretudo para o fortalecimento da cultura literária no e do Tocantins.
A FLIP é atualmente o principal evento literário do Tocantins (quem sabe da região norte), sobretudo depois do engavetamento do Salão do livro pelo governo estadual – que teve a sua última edição realizada ainda em 2015. E realiza-lá, ainda que de forma virtual, é importante para que esse evento possa se consolidar e criar raízes no calendário regional. Á exemplo da Semana da Cultura de Porto Nacional que caminha para sua 39° edição. Esse processo de consolidação e enraizamento depende do poder público mas também de nós amantes da literatura – seja como leitor ou escritor. Como? Fortalecendo esse evento – divulgando e participando.
A terceira edição da FLIP – Portuense acontecerá de 09 á 13 de Julho de 2020 – dentro da Semana da Cultura de Porto Nacional – que como já dissemos estará realizando a sua 39° edição. Por tanto além das novidades do mundo literário os internautas poderão apreciar outras expressões artísticas que desfilarão ao longo da Semana.
Porto Nacional é considerada a capital cultural do Tocantins – portanto quem quiser conhecer um pouco mais da nossa cultura – terá essa oportunidade sem precisar sair de casa.
Voltando a falar sobre a FLIP, como dissemos no início, uma edição virtual trás novas possibilidades tanto para quem organiza o evento, como também para autores e público leitor. Por exemplo, o primeiro ponto que destacaria nesse sentido, seria o potencial de aumento do público. Pois por meio virtual, qualquer pessoa (que tenha acesso a internet), em qualquer canto do Brasil, pode acessar e acompanhar o evento. E isso significa uma maior visibilidade aos autores e suas obras que estarão participando da FLIP.
Um segundo ponto que destacaria seria o incentivo para que os autores se apropriem da tecnologia para potencializar a sua produção literária. Pois é inegável que as redes sociais e outras mídias, se bem utilizadas, podem se tornar uma importante ferramenta na divulgação e distribuição da produção literária. Além de possibilitar um diálogo permanente entre autores e leitores.
Há também a vantagem do autor não precisar ficar esperando os veículos tradicionais de comunicação lhe dá algum espaço para divulgar seu trabalho. Até por que, á depender disso a maioria dos autores independentes teriam grande dificuldade de chegar ao leitor.
Um terceiro ponto que destacaria seria a disponibilização no ambiente virtual de mais conteúdo relativo a literatura tocantinense. Quem tiver a curiosidade de pesquisar esse tema na rede verá que há pouca informação sobre autores tocantinenses e suas obras. Por tanto, pensando no público leitor, especialmente das escolas onde teoricamente deveria se estudar a literatura tocantinense, os conteúdos que forem produzidos (que espero, continuem no ar depois da feira) poderão ser utilizado nesses processos de formação.
Apesar dessas novas possibilidades que a edição virtual da FLIP – Portuense trás. Nada substitue o prazer de uma feira literária presencial. De modo que ficamos na torcida para que a quarta edição em 2021 possa acontecer presencialmente – o que não significa que se tenha que abandonar o formato virtual. Pelo contrário, pode-se muito bem ter um evento presencial com a cobertura virtual. Mas isso é coisa para o ano que vem. Esse ano vamos prestigiar a FLIP – Portuense 100% digital.
Por Pedro Ferreira Nunes – Poeta, Escritor e Educador Popular.
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