Camaradas,
não dá mesmo para ignorarmos totalmente as disputas eleitorais das
eleições municipais. Ainda mais se você vive no interior e o que
predomina é um clima de disputa de torcida organizada – de
clássico de futebol domingueiro. Assim não tem como ficarmos
alheios a esse processo e não comentar mesmo que brevemente algumas
questões a cerca da campanha de alguns candidatos. Imagino que vocês
devem estar cansados das minhas criticas. Aliás, não é raro ouvir
dizer – esse cara é muito critico. Mas ti juro, não é culpa
minha, eu até que tento ser menos duro. Mas são eles que não me
ajudam – é cagada em cima de cagada. Ai não me seguro e desço o
porrete. Então vamos lá, no melhor estilo punk rock – breve como
um soco no estômago e sem meias palavras.
É
pra mudar ou pra ficar como esta?
Em
Lajeado o candidato da situação Drº Tercio (PSD) se apresenta com
o slogan – É pra
mudar Lajeado. Ora
mais ele representa justamente o projeto politico que há oito anos
governa o município. E inclusive tem como principal cabo eleitoral a
atual prefeita Marcia Reis (PSD). Como também toda a sua base de
apoio é composta de secretários e assessores da atual gestão.
Logo, meus caros camaradas, não se iludam. Não é pra mudar
Lajeado, mas sim para ficar como esta.
É
pra avançar ou retroceder?
O
nome da coligação Fé,
Família e Trabalho encabeçada
por Junior Bandeira (PSB) falar por se só. E não há nada de
avanço, pelo contrario, o que se propõem é um retrocesso – o
retorno de um grupo que já esteve por oito anos à frente da gestão
municipal de Lajeado. Apoiado pelas famílias tradicionalistas e mais
conservadoras de Lajeado eles propõem moralizar a cidade. No entanto
se conseguirem retomar as rédeas da politica local, não faram muito
diferente do que o atual grupo faz e do que eles fizeram no passado.
Um
novo tempo ou transformar Lajeado em um parque de diversões
Espero
que o tão almejado Novo
tempo anunciado pelo
Jaime (PMDB) candidato do governo Marcelo Miranda a prefeitura de
Lajeado não seja o novo tempo inaugurado pelo atual governador do
Estado – que até o momento tem como marca o aumento de impostos em
cima da população e de greves no funcionalismo público por
melhores condições de trabalho e salários. Uma coisa é fato,
Jaime tem sido o único candidato a apresentar um programa e projetos
que pretende desenvolver no município – um tanto melomaníacos –
que se saírem do papel transformará a cidade em uma espécie de
parque de diversões. É tudo justamente o que Lajeado não precisa.
Laranja.
Quem vai querer?
Um
candidato que não diz a que veio. Que a população não sabe de
onde é e para onde vai. Ou o que pensa ou o que deixa de pensar. No
fundo não passa de um candidato laranja. E é isso exatamente que é
a candidatura de Luiz Carlos do PMN a prefeitura Municipal de
Lajeado. Uma candidatura laranja que nem fede e nem cheira, que não
“infroi e nem contriboi”, como diria o avô de um amigo meu, para
uma campanha de alto nível no município.
Aviso
aos navegantes – Vereador não é prefeito.
Tem
vereador prometendo construir várias obras no município – de
parques a empresa, de ruas a casas populares. Além é claro na
promessa de uma infinidade de programas. Esses candidatos estão um
tanto equivocados quanto ao papel de um vereador. Ora o papel de
planejar e executar obras e projetos – é do executivo e não do
legislativo. Logo era melhor que se candidatassem a prefeito e não a
vereador ou então estudar qual o papel de um vereador antes de sair
prometendo o que não irá cumprir.
Pula-pula
Não
há como não comentar a postura de alguns candidatos que ficam
pulando de um lado para o outro. Tal postura não mostra outra coisa
se não oportunismo. Isso mesmo, não dá para classificar de outra
coisa se não de oportunista os candidatos que ficam pulando de um
lado para o outro. Sempre buscando o seu próprio beneficio, olhando
para o seu próprio umbigo. Ora não há nenhuma duvida de que se
figuras como essas forem eleitas – não faram outra coisa se não o
que lhes convém. Por tanto o melhor a se fazer é cortar os galhos
para que eles não tenham para onde pular.
Mudar
é preciso! Mas como?
É
camarada – o quadro de fato não é animador. Aliás, nem um pouco.
Independente de quem ganhar não teremos grandes mudanças no
município. Voltar ao passado ou ficar como esta? Ficar como esta ou
mudar sem mudar? Eis as opções que se apresentam diante de nós.
Ficar como esta não dá. Tanto que todos os candidatos se apresentam
como “o novo”. Incluindo o candidato da situação – o
candidato da atual prefeita. Mas novo de fato não há nada. Por
tanto o que deve mudar, sobretudo é a nossa postura enquanto
cidadãos diante das futuras administrações.
Não
é através do voto que mudamos a historia, mas sim através da luta!
Não
tenha duvida disso camarada – é o que nos mostra a história. Com
isso não estou dizendo para que você vote em branco ou anule o seu
voto. Pois independente de você votar ou não alguém será eleito.
Ora a legislação eleitoral foi feita para isso. Também não estou
querendo dizer que com isso você deva votar de qualquer jeito ou em
qualquer um. Não camarada o que quero deixar claro é que em
independente de quem for eleito é a capacidade de organização e
mobilização do povo que fará com que as mudanças aconteçam de
baixo para cima e não de cima para baixo.
“A
classe dominante reduz a política ao processo eleitoral. Mas
política é mais do que votar; é conquistar o poder para decidir o
rumo do país. O movimento político é formado por pessoas
conscientes da luta popular que descobrem a raiz da exploração e
organizam sua ação para transformar a sociedade capitalista. Essa
gente entendeu que, sem mudar a sociedade, dividida entre
exploradores e explorados, o povo vai continuar sendo oprimido”.
Ranulfo
Peloso